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O mínimo para o mínimo

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Por Flávio Mottinha Macedo.

Sinto-me um pouco Arnaldo Jabor ao escrever estas palavras começando com “na época em que…” Enfim, quando eu estudava no Ensino Fundamental, lembro que os alunos estudavam para tirar a nota máxima. Hoje, em sala de aula, como professor, constato que ficam satisfeitos quando conseguem o mínimo obrigatório para passar de ano. E, assim, nasce a sociedade do mínimo!

Não precisamos ler os livros, nos bastam os resumos disponíveis na internet. Não precisamos fazer as pesquisas, temos prontas, bastam “Ctrl C” e “Ctrl V”. A média na escola, para passar sem precisar de provas finais ou recuperações é, normalmente, 7,0, mas no fim do ano cai para 5,0, basta estudar 50%. E, assim, o povo do jeitinho, o povo da malandragem, se “aproveita” das facilidades, dos atalhos, para o “sucesso”.

Não pensem que nas universidades as coisas se apresentam diferentes. É corriqueiro professores constatarem plágios (que é crime, diga-se de passagem) em trabalhos acadêmicos, até mesmo monografias, dissertações e teses. E, dessa forma, a aclamação do mínimo pelo indivíduo continua nos tornando uma sociedade limitada e, cada vez mais, mínima.

E, de fato, ao longo do tempo, aprendemos a conviver com o mínimo. O mínimo de qualidade educacional, o mínimo de segurança, o mínimo de saúde, o mínimo de qualidade musical, programas de televisão péssimos… é assim que se constrói uma sociedade mínima.

Dessa forma, caminhamos para ser o país do futuro sempre… o esperado futuro só se tornará presente quando houver uma radical mudança na mentalidade. Precisamos absorver e aproveitar o máximo que está ao nosso alcance, não podemos nos contentar com o mínimo. Afinal, quem busca o mínimo terá grande chance de receber o mínimo. Para o cidadão mínimo, o mínimo de saúde, de lazer, de segurança, de SALÁRIO …