Realidade não me falta quando digo que Fernando Mineiro é o candidato mais preparado e com um projeto democrático e inclusivo.
Ontem, no debate entre os candidatos a prefeito de Natal, mais uma vez, Fernando Mineiro mostrou que sua atividade parlamentar, como vereador e deputado, o gabaritou para encarnar os anseios da cidade. Até os seus opositores reconhecem.
E como disse o Professor de Sociologia da UFRN Edmilson Lopes, não se trata de algo livresco. Uma simples decoreba de dados, que são expostos ao gosto da estratégia retórica, como deixa transparecer o prefeitável Hermano Morais.
Mineiro mostra que conhece os problemas da cidade porque discutir Natal faz parte do seu dia-a-dia. É o que, no confronto de ideias, vem fazendo a diferença.
MENINOS EU VI
Hermano Morais defendendo o aumento da passagem de ônibus e saindo pela tangente quando o assunto foi criticar Micarla de Sousa.
Hermano Morais disse que o valor da passagem de ônibus estava defasada. Fato: temos a segunda tarifa mais cara do nordeste, as empresas não disponibilizam ônibus a noite, o serviço é de péssima qualidade e, independentemente do percurso, o usuário sempre paga tarifa cheia. Em outras cidades – Recife, por exemplo -, linhas com trechos mais curtos têm tarifa com desconto, o que, comparativamente, torna o transporte coletivo por aqui ainda mais caro.
PROPOSITIVO
Rogério Marinho vem qualificando o debate com propostas e boas inserções. Votando ou não no dito cujo, concordando ou não com sua visão de mundo, sua fala merece atenção.
EVOLUÇÃO
Robério Paulino melhorou bastante do primeiro debate para o que ocorreu ontem. O ponto alto das suas falas foi quando indagou os candidatos sobre o aumento da passagem de ônibus em Natal, deixando Hermano como o defensor do SETURN nas eleições.
MICARLA, MICARLA, MICARLA
Carlos Eduardo bateu na mesma tecla, a de que é o antimicarla. Em time que está ganhando não se mexe, já dizia o ditado. O problema é a questão do debate, da qualificação dos problemas. Resta também saber se essa música de uma nota só aguentará até o final da eleição.
NATAL
Em 2008, os natalenses elegeram, em primeiro turno, um projeto político pautado no sentimentalismo e que fazia farto uso de frases publicitárias – “eu sou mãe, eu conheço os problemas da cidade”, ou “Natal pode muito mais” deram a tônica do discurso micarlista.
Em 2010, Natal ajudou a eleger Rosalba também em primeiro turno. Discurso rosalbista: “vou fazer acontecer”, “vou reconstruir e avançar”, etc.
Debate que é bom?! Nada. Independentemente de quem sejam os candidatos, a cidade merece ser mais discutida, merece o segundo turno. A eleição não pode passar incólume.