O direito de greve é, se é que existe tal palavra, imexível. Uma conquista que deve ser preservada. No entanto, as razões que movimentam uma paralisação e seu modus operandi são passíveis de crítica.
Faz dois dias que os servidores da UFRN em greve fecharam a entrada da biblioteca Zila Mamede, a principal da instituição. Acampados, impossibilitam a passagem de funcionários e estudantes.
E aí, um questionamento é inevitável: como pode um movimento, que diz defender a universidade, impedir que centenas de alunos estudem?
COMO TRAGÉDIA, COMO FARSA…
Em 1968, o filósofo alemão Theodor Adorno, ao se deparar com uma revolta de estudantes, professores e funcionários, disse que não apoiaria um movimento que queima livros, fecha bibliotecas e salas de aula. Foi no nazismo a última vez que vi livros sendo queimados, disse o pensador.