A Carta Potiguar é uma realização de vida. Para nós, este veículo de comunicação é coisa séria. Gastamos o nosso tempo, o nosso dinheiro, perdemos fins de semana, construindo um espaço condizente com aquilo que a gente acredita.
Nos meus textos, sempre fui coerente com os pontos de vista que fazem sentido para mim. Nunca trai o meu olhar para agradar quem quer que seja, inclusive, aqueles que costumo, na maioria das situações, concordar. O diálogo aqui é sempre franco, objetivo e direto. Não há subterfúgios. Os princípios norteadores da opinião são explicitados.
Emprego essa perspectiva, com todas as minhas limitações, naquilo que publico na Carta Potiguar, nas análises que produzo sobre a política norte-riograndense. E para ser honesto com a postura esboçada acima, sem a pseudo-imparcialidade que ronda a imprensa local, vou expor em quem irei votar em Natal e explicar os fundamentos da minha posição. Antes, não posso deixar de ressaltar que fico muito a vontade para tomar tal decisão, já que não sou militante e muito menos filiado a qualquer tipo de organização política.
Vou votar em Fernando Mineiro porque acredito que ele apresenta um projeto de desenvolvimento inclusivo e um modo de fazer política, que tem como pilar fundamental a noção do diálogo.
Durante a sua atuação como vereador, e depois como deputado estadual, Fernando Mineiro atuou na defesa de bandeiras imprescindíveis para a cidade. Com conhecimento de causa, fomentou o debate em torno do plano diretor, da gestão da água, da defesa das minorias, de direitos. Fernando Mineiro é o que mais atende a minha concepção de democracia. É uma pessoa aberta a conversa e nunca toma uma decisão sem ouvir aqueles que representa.
Penso que Natal precisa de participação social. Não é possível mais consolidar políticas públicas, que ditam o presente e o futuro da cidade, sem chamar a sociedade para o debate, sem envolver os cidadãos, os principais interessados. Esta maneira de gerir a coisa pública tem de acabar.
Entendo que os natalenses estão cansados da política, que desconfiam do diferente em decorrência da fé depositada – e não correspondida – na mudança que Micarla de Sousa, em 2008, dizia encarnar. Porém, nada pode ser pior do que votar com medo. Democracia é coragem, esperança e Natal precisa se (re) inventar.
Há outros bons candidatos. Mas numa eleição a gente procura votar naquele que considera o melhor. Por isso escolhi Mineiro.