Marina Silva, ex-senadora pelo PT, figurou entre personalidades planetárias, que compuseram um time de ouro da abertura dos jogos olímpicos de Londres. O grupo composto, entre outros, por Ban Ki Moon e Muhammad Ali, teve a honra de carregar a bandeira olímpica.
Parte da comitiva política brasileira, que não havia sido avisada, logo destilou um ressentimento, infeliz para o momento.
Aldo Rebelo, tentando enquadrar – negativamente – a participação da ambientalista, alegou que Marina tem bom trânsito com a aristocracia mundial. A fala pegou mal.
A atitude deselegante do aliado federal foi salva pela presidente Dilma Roussef, que se mostrou feliz com a atuação de uma liderança brasileira num evento de relevância planetária.
O fato é que parte da base governista ainda não engoliu a tentativa de Marina de criar uma nova via política, atitude legítima num país que se diz democrático.
Às vezes, a falta de republicanismo denuncia a pretensão à superioridade ideológica, que, não raro, descamba para um autoritarismo ultrapassado.