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Greve dos servidores técnicos administrativos: PT pode pagar caro por sua intransigência

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Por Gustavo Lucena

Servidor Público e advogado

Governo Dilma/Mercadante/Miriam Belchior/PT ainda podem pagar muito caro se se mantiverem intransigentes com o funcionalismo público das Universidades Federais e IFEs.

Gostaria de colar um lembrete na mesa da Excelentíssima Sr.ª  Dilma e do próprio PT: o governo FHC/PSDB sucumbiu muito por causa da greve geral das federais em 2001.

O candidato dos sonhos de FHC nunca foi o Serra, mas sim o finado Paulo Renato de Souza, que foi o pior ministro da Educação da história do Brasil, pelo menos em minha opinião, já que no tempo em que fui aluno da UFRN durante a gestão dele, e a instituição estava quebrada e abandonada, e só se falava em privatização.

A greve nas Federais em 2001 sepultou a candidatura de Paulo Renato, feriu gravemente qualquer candidatura que saísse no então bloco governista PSDB/PFL e ajudou e muito a fortalecer o Lula.

Lula/Dilma foram eleitos muito por causa da força das comunidades das instituições de ensino público federal.

Mas pelo jeito o Sr. Aloísio Mercadante (que a bem da verdade nunca me convenceu, mesmo eu sendo um eleitor contumaz do PT) parece disposto a desbancar o finado Paulo Renato do posto de algoz da educação federal.

Mercadante/Belchior alegam que dar 10% do PIB p/ a educação irá quebrar o país, que não pode dar reajustes modestos a servidores que ganham em média R$ 2.000,00 por conta da famigerada crise europeia, mas tem R$ 100.000,00 para dar a Palocci, tem caixa para as emendas parlamentares, tem dinheiro para reajustar seus próprios salários e o dos parlamentares, etc.

Ainda há tempo do governo reverter essa empáfia contra os servidores. Do contrário, perderão os votos de um de seus mais fieis eleitorados em 2014, o que pode ser uma jogada bem ousada e arriscada, pois será preciso que a classe articule um candidato competitivo capaz não apenas de ameaçar a intransigência petista, mas também evitar a ameaça de um retrocesso maior  representada pelo consórcio PSDB/PFL/PMDB, que atende provavelmente pelo nome de Aécio Neves.