O “Corinthians é o Brasil na libertadores”. Esta foi a frase de Galvão Bueno que causou polêmica por toda semana. Muitos torcedores rivais (Santos, São Paulo, Palmeiras) manifestaram-se contra a afirmação. Muitos foram também aqueles que não são rivais do Corinthians que não torciam pela vitória do “timão”. A razão?! São muitos aqueles que optaram não pode um time, mas pelo futebol. Alguns até tentam ser fieis aos times que dizem ser do coração. Mas não tem jeito. É só ver uma jogada bonita, mesmo do time rival, que nos arrepiamos completamente. Eduardo Galeano há muito falava deste sentimento que alguns assumem apenas após muito esforço:
“Os anos se passaram, e com o tempo acabei assumindo minha identidade: não passo de um mendigo do bom futebol. Ando pelo mundo de chapéu na mão, e nos estádios suplico: – Uma linda jogada, pelo amor de Deus! E quando acontece o bom futebol, agradeço o milagre – sem me importar com o clube ou o país que o oferece”.
A razão para tal deve-se ao espírito liberto. Aquele espírito que ainda consegue ver no futebol uma arte de ousadia e da liberdade (quando assim quer o jogador).
Ainda de acordo com Galeano no seu livro “Futebol ao sol e a sombra”: “A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte ainda aparece nos campos, embora muito de vez em quando, algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade”.
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