Ao invés de lutar contra a liberdade de imprensa, que é uma conquista da humanidade e irreversível, governos (federal, estadual e municipal) poderiam organizar melhor a distribuição da verba de publicidade.
Em praticamente todas as mídias, já é possível metrificar a audiência. Entre sites, jornais eletrônicos e blogs, por exemplo, o google analytics mede a quantidade de acessos de cada página na internet e mostra, com precisão, quem de fato é lido.
Se os veículos recebessem conforme a audiência, perderiam a necessidade de mostrar “desempenho” para os governos.
Porém, do jeito que está e com o poderio econômico do Estado, fica difícil ter uma imprensa livre. Alias, isso acaba sendo só uma piada de profundo mal gosto.
Vide Natal. Vide o RN. Em determinados jornais, tenho a impressão de transitar por Dubai, quando caio num buraco em nossa cidade; e me encontro em Havard ou na Sorbboune, quando leio sobre as condições de ensino da UERN em outros periódicos.
Hoje, a verba de publicidade é repassada para algumas agências, que utilizam o dinheiro, com a indicação do líder político, do jeito que convêm.
Nesse formato, comprar a opinião alheia se torna a consequência.
CARTA POTIGUAR
Não se enganem. Se a questão fosse pura e simplesmente audiência, a carta potiguar já seria um dos sites mais cobiçados pelas agências de publicidade do RN.