Você pode dizer: Daniel, “essa fonte não é imparcial, pois o deputado estadual Fernando Mineiro é da oposição ao governo do DEM”.
Bem, peço que leia. Você verá que todas as promessas da governadora Rosalba Ciarlini listadas pela a assessoria do pré-candidato a prefeitura do Natal foram retiradas de jornais, blogs e/ou foram frases consagradas da campanha eleitoral da “Rosa”, como a chama o jornalismo bajulatório potiguar.
Do mineiropt.com.br
A Rosalba candidata dizia e repetia: saúde pública será prioridade no meu Governo. Depois de um ano e meio de gestão o que o potiguar sente é exatamente o inverso, um completo descaso na área, com crianças morrendo por falta de UTIs pediátricas, greves de servidores e médicos e uma precarização generalizada do serviço, além da iniciativa de privatizar a gestão no setor
O mandato do deputado Fernando Mineiro catalogou todas as promessas de campanha da atual governadora Rosalba Ciarlini e produziu cartilha: “Para não esquecer o mar de rosas”. Na área da saúde especificamente, Rosalba prometeu a construção de um novo hospital em Natal na Zona Oeste da cidade, de uma maternidade ligada à UERN, em Mossoró, a ampliação do atendimento de saúde nos municípios do interior do Estado, a construção de UPAs nas principais cidades do RN, sanear 80% de todo Estado e a implantação de dois programas: saúde em movimento e município nota 10. 18 meses depois, nem sinal.
Ao UOL, em entrevista publicada logo depois do resultado das eleições em 2010, a candidata prometeu reestruturar 23 hospitais da rede pública estadual e construir um Hospital Geral de Emergências na Zona Oeste de Natal com mais de 300 leitos. Um ano e meio depois, o Rio Grande do Norte sofre com déficit de leitos no sistema público de saúde o que está gerando um verdadeiro caos na área.
Em programa de campanha exibido no dia 18 de agosto, dedicado exclusivamente à saúde, a candidata Rosalba se comprometeu a aumentar o número de equipes médicas e equipamentos em hospitais em todas as regiões do Rio Grande do Norte. No programa, ela critica a superlotação do Walfredo Gurgel e cita que o problema disso é pela falta de atendimento no interior.
Um ano e meio depois, o atendimento no interior piorou e o problema de superlotação do Walfredo Gurgel se tornou ainda mais dramático. O detalhe é que durante o programa ela diz que “não pode se conformar” com a situação da saúde do Estado na época e conta um caso de uma mulher que precisou viajar 4 horas do interior para Natal para conseguir atendimento. O programa Profissão Repórter da TV Globo exibido nesta terça-feira (5) mostrou um caso semelhante a esse, agora ocorrido no governo Rosalba.
Em entrevista publicada na Tribuna do Norte o dia 18 de julho de 2010, a então candidata prometia um programa chamado “Município Saudável” que teria 10 metas com o objetivo de melhorar o atendimento de saúde no interior. Na ocasião, ela escreveu “Nós vamos investir na saúde não só o que determina a lei. Vamos fazer mais: priorizando a saúde como uma das principais necessidades básicas do cidadão”. Um ano e meio depois, o programa não foi implantado.
Em outra entrevista, agora dada ao portal Nominuto, Rosalba cita como “inaceitável” o fato de ter hospitais públicos no interior que nunca realizaram um parto. No início de 2012, a cidade de Mossoró que, também, foi governada por ela, estava sem realizar partos por falta de estrutura.
Outra promessa é da construção do Hospital Escola materno-infantil de Mossoró, ligado à UERN. 18 meses depois, nem sinal do equipamento público. A única coisa que houve foi a terceirização de uma maternidade para a Associação Marca, do Rio de Janeiro, contrato que está sendo investigado pelo Ministério Público por conta de irregularidades.
Por fim, Rosalba prometeu sanear, no mínimo, 80% de todo o Rio Grande do Norte. A promessa foi feita em entrevista à Tribuna. A então candidata, no jornal da 96FM chegou inclusive a declarar: “A saúde da capital depende muito do governo estadual, que não tem sido parceiro. Falar em saúde é falar em saneamento básico e Natal é a cidade que tem o menor percentual de saneamento”.