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As três bem amadas: boatos não tecem destinos

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Das dores dos rapazes, Bandeira já nos falou, mas, dos sofrimentos das mal-amadas, quem deles nos contou?

Tenho empatia por Tereza. A coitada era doida por Raimundo, quando o bocó só tinha olhos para Maria. Essa, infeliz, orbitava em torno de Joaquim. Esperta foi Lili, que não ama ninguém e todo mundo lhe queria bem.

Não consigo mensurar das três, quem mais sofreu. A Tereza se encerrou em um convento, como quem nega a vida, após a partida de João. Maria ensimesmou-se após a trágica morte de Raimundo. E Lili, bem, como mulher livre que era, criou novas histórias para si.

Todavia, esses destinos foram inventados, assim como foram inventados os sofrimentos – ridículos – do jovem Werther, digo, do jovem Joaquim. Como péssimos alcoviteiros e bons contadores, Carneiro de Sousa e Carlos de Andrade, aumentaram o conto a cada ponto contado.

Eu soube que Tereza, após aquele amor infantil, decidiu seguir carreira militar. Se casou ainda duas ou três vezes. Sabemos que Maria é uma política de relevância nacional; parece que tem dois filhos adotivos com sua companheira Luíza. Já Lilith decidiu conhecer toda a América Latina. Conta-se que percorreu o caminho com Guevara.