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Amanda Gurgel, do MAIS, ingressa no PSOL

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O PSOL acaba de ganhar novos militantes em todo o País, que fazem parte do  Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS. A definição foi tomada no I Congresso do Movimento, realizado no último final de semana em São Paulo (SP), e publicada nesta sexta-feira (03), em um manifesto nacional. Em Natal (RN), devem se filiar a ex-vereadora Amanda Gurgel; Juary Chagas, da CSP-Conlutas, e Luana Soares, presidente do CRESS-RN, entre outros.

“O MAIS se somará ao PSOL para fortalecer a luta contra Temer e as reformas e para conquistar nas ruas as Diretas Já. É tempo de construir um novo caminho para a esquerda brasileira. Os treze anos de governos de conciliação de classe do PT desaguaram, tragicamente, no golpe parlamentar e no governo Temer, apoiado apenas pelos deputados. É preciso extrair lições dessa experiência”, diz o manifesto.

Com cerca de 800 militantes em quase todos os estados, o MAIS atuava como movimento independente desde que surgiu, em julho de 2016, como ruptura do PSTU. Parte dos integrantes, como o professor Valério Arcary, de São Paulo, tem origem na Convergência Socialista, grupo trotskista formado nos anos 1980.

Juary Chagas, da CSP-Conlutas, também ingressa ao PSOL. (Foto: Assessoria)

A decisão foi comemorada pelos militantes do PSOL. “É com imensa alegria que recebemos a informação de que o MAIS decidiu ingressar nas fileiras do PSOL, se tornando uma corrente interna de nosso partido. São bem vindos às fileiras do PSOL e, certamente suas contribuições engrandecerão ainda mais o processo democrático de construção do programa para 2018 e da plataforma para reorganizar a esquerda no Brasil”, afirmou o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo. A entrada foi saudada por dirigentes da sigla, como o vereador Sandro Pimentel e o ex-candidato a prefeito, Robério Paulino.

Luana Soares, presidente do CRESS-RN é outra nova integrante do PSOL. (Foto: Assessoria)

Em 2016, a professora Amanda Gurgel foi a segunda mais votada em 2016 para a Câmara de Natal, com 8.002 votos, mas não se reelegeu, pelo coeficiente. É professora de Língua Portuguesa na Escola Municipal Iapissara Aguiar e nas escolas estaduais Aldo Fernandes e Ary Parreiras.

Confira abaixo a nota na íntegra:

O 1º Congresso Nacional do Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (#MAIS), realizado entre os dias 27 e 30 de julho, aprovou a entrada de nossa nova organização no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A decisão foi resultado de um rico e democrático debate interno, que envolveu mais de 800 militantes em todo país.

Vivemos tempos desafiadores. A ofensiva da classe dominante sobre os trabalhadores e o povo brasileiros coloca, de modo incontornável, a tarefa da resistência unificada dos explorados e oprimidos. Sem a máxima unidade “dos de baixo” será impossível deter os ataques do andar de cima.

O impeachment orquestrado pela direita foi, antes de tudo, um golpe para destruir direitos históricos da classe trabalhadora. O #MAIS se somará ao PSOL para fortalecer a luta contra o ilegítimo governo Temer e suas contrarreformas, e por eleições diretas e gerais.

Mas há um sentido mais profundo em nossa decisão. É tempo de construir um novo caminho para a esquerda brasileira.

Os treze anos de governos de conciliação de classes do PT desaguaram, tragicamente, no golpe parlamentar. É preciso extrair lições dessa experiência. A opção pelo pacto com os grandes empresários e partidos da direita cobrou seu preço. Chegada a crise política e econômica, os velhos aliados da direita, como sempre fazem, traíram.

Mesmo assim, a direção do PT já deu incontáveis provas de que não aprendeu com os erros do passado. Como afirma Lula em seus discursos, o objetivo é repetir a mesma estratégia nas próximas eleições de 2018. É ilusório acreditar que o lulismo possa abraçar um programa e uma política consequentes de enfrentamento com os ricos e poderosos.

É tempo de dar passos em frente no processo de reorganização da esquerda brasileira. Nesse sentido, o PSOL apresenta-se como o principal e mais dinâmico partido independente do lulismo.

A tarefa é difícil e, ao mesmo tempo, desafiadora: reencantar os trabalhadores para enfrentar as amarras estruturais que prendem nosso povo à pobreza e à exploração. Em outras palavras, apresentar um programa que ouse afrontar os privilégios seculares de uma burguesia racista, corrupta e submissa ao imperialismo.

Assim, o #MAIS se somará ao PSOL para recuperar as ruas e o trabalho de base nas fábricas, periferias e locais de estudo enquanto espaços centrais de atuação política. Entramos no PSOL com nossas próprias ideias. Levaremos aos fóruns do partido nosso programa socialista e nossa estratégia revolucionária. Conformaremos uma Tendência Interna nos marcos dos estatutos do partido.

Queremos atuar ombro a ombro com todas e todos do PSOL, para que, em cada embate da luta de classes, possamos elaborar conjuntamente a melhor política para a libertação dos trabalhadores e trabalhadoras, negras e negros, LGBTs, juventude, indígenas, sem-terras, sem-tetos e quilombolas.

Não somos a única organização marxista no Brasil. É momento de estar mais perto do que longe, para que as divergências entre a esquerda socialista não ameacem a necessária unidade. Construir sínteses e convergências, sem prejuízo ao debate das diferenças. Esse é o desafio.

O processo de entrada do #MAIS no partido obedecerá a certas fases. Será uma construção que levará em conta as definições do PSOL, expressas no convite à nossa entrada, e também a discussão permanente com toda a nossa militância.

O #MAIS seguirá atuando com todo empenho na luta direta dos trabalhadores, da juventude e dos oprimidos. Nos movimentos sindicais, populares, identitários e estudantis, nossa organização seguirá levantando suas bandeiras e propostas.

Construindo também o PSOL, acreditamos ser possível dar uma contribuição superior à luta pela transformação socialista do Brasil.

Viva a luta da classe trabalhadora!

Viva o socialismo!

Coordenação Nacional do MAIS.