Por Marcos Dionisio Medeiros Caldas
De fato foi o Gol mais belo de todas as Copas.
Não embarco em teorias de conspirações de maneira fácil. Mas que as Conspirações existem e estão em curso não tenho dúvidas.
Qual a mente iluminada não via relevo jornalístico e histórico ao que aconteceu? Se a geração de imagem oficial era assim obscura, não há geração de imagens alternativas para compartilhar com o mundo o fato histórico que será lembrado daqui a 100 anos?
Começar a Copa sem enaltecer nossas qualidades e potencializando nossos defeitos deve ter sido a pauta geral distribuída pelas empresas das famílias que “zelam por nossa liberdade de expressão”.
Culpar a FIFA é cômodo demais para a falta de faro jornalístico e até de perspectiva histórica.
Daqui a 100 anos seremos lembrados por termos feito uma Copa que antes do primeiro jogo já se verificara a realização, quem sabe, do gol mais belo de toda a história da humanidade.
Seremos lembrados também por sermos o país do Coordenador da Pesquisa que gerou esse gol e também por um esquizofrênico auto boicote que quis esconder a humanidade sonhando ao vivo e em cores, mesmo em tamanho minúsculo, dando esperança para uma imensidão de pessoas com paralisias severas e provocando aos demais humanos de que cada um de nós podemos fazer mais e melhor pela e para a humanidade.
Se procurarmos não ser violentos, nem preconceituosos e nem deselegantes, não precisamos ser nenhum gênio para darmos nossa contribuição efetiva para esse mundo melhor.
E o caminho é longo e com muitos lobos maus. Ainda existe muita gente seduzida e querendo seduzir pela violência, preconceito e deselegância.
Os episódios minoritários, extemporâneos e manipulados de protestos que vimos ontem e em outros momentos mostram que está sendo mais fácil fazer alguém com paralisia severa andar do que realizar o sonho de Stefan Zweig, do Brasil, país do futuro, agora.
Mas é emocionante saber que tanta gente se indignou também com a manipulação de tentarem esconder o exoesqueleto, a emoção de quem o utilizou, a felicidade da equipe vitoriosa e a beleza do ser humano se reinventando com ousadia, ponderação, firmeza e civismo.
E reinventando o sonho!
Essa atual geração precisa voltar a sonhar e depurar-se do muito do nazismo que ainda está entranhado, principalmente nas nossas elites que se autodenominam “homem de bem”… bem preconceituosos, violentos, egoístas, machistas, manipuladores, intolerantes tanto quanto os senhores de engenho e capitães do mato o eram.
WE DID IT!!!!!!
Sorry, Tea Party beradeiros e planetários!
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SOBRE O AUTOR:
Marcos Dionísio Medeiros Caldas, advogado e militante dos Direitos Humanos, Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos/RN e Coordenador do Comitê Popular da Copa – Natal 2014, com efetiva participação em uma infinidade de grupos promotores dos direitos fundamentais, além de ser mediador em situações de conflito entre polícia e criminosos e em situações de crise de uma forma geral.
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CALDAS, Marcos Dionisio Medeiros. O Gol Mais Belo Escondido, Mas Não Olvidado. 2014. Disponível em: < http://j.mp/1p5U83b >. Publicado em: 14 jun. 2014.