Da adurn.org.br
Neste do Primeiro de Maio, a comemoração do Dia do Trabalhador é antes de tudo uma afirmação da luta em defesa dos direitos conquistados. Sindicatos, Centrais, Federações, Confederações e demais organizações de massas dos trabalhadores são chamados à uma reflexão coletiva para melhor orientar e organizar a luta da classe trabalhadora.
Isto porque, o Primeiro de Maio deste ano é mais um que coincide com o ambiente de crise econômica, em que a fúria contra os trabalhadores se torna assombrosa. Investe-se sobre os direitos dos trabalhadores, achatando salários, revogando leis trabalhistas, liquidando conquistas alcançadas em décadas de luta e promovendo alterações regressivas na Previdência Social.
Concorrendo com a realidade perversa da atual crise econômica que tem imposto o desemprego e o empobrecimento aos povos na Europa e nos Estados Unidos, o Brasil provou ser possível crescer e distribuir renda, e que a preocupação com a economia não pode ser separada do social. Ajudou a ultrapassar a aposta neoliberal de que os ganhos do capital devem ser preservados a todo custo, sob a falsa ideia de criar oportunidades para todos, e reencontrou o caminho do desenvolvimento e da criação de empregos com valorização do trabalho e distribuição de renda.
Entretanto, no que pese os ganhos econômicos que se traduzem em valorização do trabalho e da renda e em melhoria na qualidade de vida, os trabalhadores precisam despertar sua consciência política, aumentar sua mobilização e consolidar sua organização na luta pela manutenção das conquistas e ampliação dos direitos.
No Brasil, os atos políticos e festivos são a afirmação de uma plataforma de luta para defender os direitos ameaçados. Pela valorização do trabalho, por uma justa distribuição de renda, por salários dignos, pela jornada de 40 horas semanais, contra o fator previdenciário e outras modificações de caráter retrógrado na Previdência Social, em defesa das leis trabalhistas.
Incontestavelmente, ao longo dos últimos 11 anos, o Brasil tem vivido mudanças políticas e sociais significativas. Foram criados mecanismos democráticos que favorecem a participação e o protagonismo político da classe trabalhadora. As centrais sindicais foram legalizadas, a reforma trabalhista dos conservadores foi posta de lado e reivindicações relevantes do sindicalismo foram atendidas.
Dessa forma, um conjunto complexo de tarefas se choca com os interesses das classes dominantes retrógradas e se coloca como principal desafio da classe trabalhadora na atual etapa da luta política e social no Brasil. Faz-se necessário manter e ampliar as conquistas, assim como barrar os intentos de retrocesso, ampliar a capacidade de mobilização e o protagonismo político da classe trabalhadora e dos movimentos sociais.
Neste contexto, vale ressaltar também que, pela primeira vez, o ensino superior compartilha dessa agenda prolongada de oportunidades voltada para o projeto nacional e para desenvolvimento do Brasil. Nos últimos 11 anos, a universidade pública brasileira, em especial, o sistema federal de ensino superior viveu um grande processo de transformações, ampliação e discussões.
Para os desafios a que se pretende o Brasil na construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento, é de suma importância que os professores das Universidades brasileiras elevem a luta da categoria sobre as propostas em relação ao papel das instituições federais de ensino superior no desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico e de inovação do país.
Para os professores universitários, trabalhadores assalariados que formam uma categoria que tem o potencial de permitir o crescimento e o desenvolvimento do país, o Dia do Trabalhador deve ser visto como o dia em que se deve refletir como a categoria, dispersa por sua própria característica, pode organizar-se de forma mais proativa, nas relações com os diversos níveis de governo e com a própria sociedade.
A Diretoria do ADURN-Sindicato saúda o Dia do Trabalhador, homenageando os professores que trabalharam diariamente pelo avanço da nossa sociedade com seu trabalho na graduação, suas ações na extensão e na sua produção na área de pesquisa.
