Bom resultado. Após protesto, prefeitura promete manter os circulares na UFRN, além de estudar outras possibilidades postas na mesa como procurar outras empresas prestadores de serviço da região metropolitana para que elas ofereçam mais um carro para compor a frota da integração.
Mas os estudantes precisam de um permanente espaço de interlocução, construção de agenda e controle social sobre o serviço. Os ganhos seriam mais efetivos e seria também um modo de acompanhar mais de perto. É imprescindível ingressar e fortalecer o Conselho de Mobilidade Urbana de Natal.
Será interessante também para a prefeitura, que não entrará, sempre, para apagar incêndio. Ausência de licitação – um marco regulatório capaz de atribuir transparência sobre o transporte público – é garantia de remendo. E a falta de um conselho é certeza de impasses constantes.
Os estudantes não podem viver apenas de docinhos. Não dá para se contentar com tão pouco – promessas e gambiarras com a inevitabilidade de que o problema, logo em seguida, estourará novamente. Sem marco regulatório, não há qualquer garantia jurídica. Apenas frouxos acordos verbais.
A ocupação de um espaço permanente de diálogo e vigilância só fortaleceria o movimento social constituído, que não teria de discursar de longe e sem conhecimento claro de causa. Também não viveria a implorar audiências com a secretária de mobilidade. O conselho gestor é um meio de quebrar a chamada “caixa preta do seturn” e impulsionar a voz dos discentes.
AMADORISMO
A esquerda de Natal vive reclamando da “falta de estrutura”. Mas quando a oportunidade aparece, seus grupos tratam, rapidamente, de não ocupar os espaços. É o ranço anti-institucional e esquerdista.