Por Tiago Souto
Sociólogo e pesquisador do NUESC-DH/UFRN.
Email: tiago_souto@cchla.ufrn.br
“A Guarda Nacional convenceu-se de que seu uniforme
era apenas um pedaço de lã como qualquer outro.
Quebrou-se o encanto nas jornadas de junho de 1848 na França”
18 de Brumário. Karl Marx.
A população potiguar se viu nas últimas semanas surpreendida por deflagrações de greve geral por tempo indeterminado em todos os setores e serviços urbanos fundamentais do município de Natal, agora se soma aos grevistas municipais, os Policiais Militares e Corpo de Bombeiro, e a população está à mercê da sua própria sorte.
A capital potiguar está com postos de saúdes fechados, secretarias fechadas, como a de tributação, além de outras secretarias. Na oportunidade do agudamente da crise administrativa municipal o prefeito Carlos Eduardo simplesmente saiu do Brasil e foi para Espanha procurar investidores para Copa do Mundo, isso demonstra quais são as prioridades da gestão municipal, e que infelizmente está demonstrando a quais interesses esta a serviço.
A prefeitura ainda está funcionando devido aos cargos comissionados que estimulados pela boa promessa do prefeito Carlos Eduardo (PDT) de reajustar seus salários em até 166% subsidiados por projeto encaminhado a Câmara Municipal. Enquanto que aos servidores grevista a proposta é de 2%.
A imprensa hegemônica potiguar não teve mais como omitir totalmente esta pauta, principalmente pela deflagração da greve dos policiais militares, pois quem vai garantir a tão aclamada ordem pública, sendo mais claro, no caso de greves, protestos em massa nas ruas, quem vai defender a elite e seus interesses, que inclusive comanda a imprensa, levando em conta que uma das principais características da dominação legal no Estado Moderno, é o exercício exclusivo da força legítima, mas que força, se ela está de braços cruzados?
Mais uma se faz necessário apontar quais os interesses que sustentam as linhas editorias dos principais jornais do Estado do RN que ao tentar omitir até o último instante e limite possíveis às informações de interesse de todos, tão caro ao jornalismo, que é a informação, pois até então a população não encontrava uma linha sequer nos jornais locais sobre este tão importante fato, a impressa não teve mais como esconder esta notícia, ao seu contra gosto que antes intentava conter os ânimos da população e abafar as vozes dos grevistas
A mídia potiguar historicamente demonstra está contra a classe trabalhadora e continua se apresentando parcialmente diante dos fatos e se colocando como um instrumento de poder nas mãos dos interesses abjetos, assumindo uma postura totalmente dependente dos interesses contrários ao da população e só se alarma quando seus financiadores se veem em apuros ou quando seus jornalistas são vítimas de agressões dos intensos conflitos que tem se intensificado no Brasil, como se o sofrimento da população não fosse vivenciado todos os dias na precariedade e agora mais do que nunca na ausência dos serviços urbanos constitucionalmente definidos.
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