Comum ouvir nas rodas de política da cidade, que Wilma em 2014 será o Carlos Eduardo de 2012.
Um erro.
Wilma não é Carlos Eduardo. E os cenários são específicos. O atual prefeito entrou na campanha de 2012 numa condição bem mais positiva do que a guerreira possivelmente ingressaria agora, caso mire na governadoria.
A sua “oponente”, Micarla, que inflou o desejo de retorno do pdtista, não é Rosalba.
O descalabro da administração Micarla e o medo que ela provocou no eleitor, gerando um clamor pela volta a um suposto passado de segurança; não se equivale com a gestão Rosado.
A governadora não faz administração semelhante à de Micarla. A PVista foi um completo desastre. O mesmo não pode ser dito de Rosalba.
A comparação da Rosa com Wilma não irá privilegiar tanto a ex-governadora como Micarla “ajudou” Carlos Eduardo.
Rosalba, por exemplo, coloca na balança, sem medo, o seu mandato com o de dona Wilma no quesito “trato com o dinheiro público”. Mais. Nos números concernentes à educação.
Os dados negativos do segundo mandato de Wilma e os escândalos de corrupção a tornam mais “carregada”, como se diz no jargão popular, do que Carlos Eduardo.
Há outros ingredientes. Carlos Eduardo entrou em 2012 sem um oponente de peso. A avenida era toda sua. Convenhamos, Hermano Morais fez mais do que era esperado. Cumpriu o seu papel de fortalecer o PMDB na capital e preparar o terreno para 2014.
Wilma, caso seja candidata, terá um forte e estruturado PMDB como oponente.
Com alta rejeição nas pesquisas também não parte do mesmo patamar de Carlos Eduardo. Seu teto é mais baixo do que foi o de CEA.
E ainda há as significativas diferenças que atravessam um pleito municipal e estadual. O candidato a governador deve contar com o apoio de prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores, partidos, etc. Até para conseguir entrar no interior. Natal é uma cidade 100% urbana. O RN não.
É um tipo de inserção social diferenciada, que torna o processo mais complexo do que uma disputa apenas restrita a chamada cidade do sol.
Tomar Wilma por Carlos Eduardo e imaginar que 2014 será como 2012, ou seja, uma eleição sem notícias, sem disputa efetiva – um W.O vermelho. É apenas um desejo tentando emplacar como realidade.