O justiçamento como forma de vingança e a injustiça anônima da calúnia via internet
Por Marcos Dionisio e Ivenio Hermes
É, parece que Hitler foi o vitorioso na II Guerra Mundial. Seus ideais contaminam os homens de bem de uma nação chamada Brasil.
Vivemos num conflito de ideias muito grande, mas nada pode obstruir nossa visão do convívio regulamentado em sociedade objetivado nas leis. A justiça tem sido confundida com vingança e a aplicação da lei tem sido confundida com ações de extermínio.
Instigam o ódio, manipulam pobres e os fazem odiarem até e, principalmente, a sua própria imagem. A cultura da vingança disfarçada de justiça é promovida para encobrir a omissão da administração pública, levando as autoridades policiais ao cúmulo da falta de capacidade de ação, contribuindo para alargar o abismo caótico em que nossa sociedade está afundada.
Querem e promovem muito sangue na hora do almoço, na hora do jantar. Propagam mentiras a exaustão. Quando confrontados com a verdade se apegam a bordões retroalimentados cotidianamente pela mídia que tem Joseph Goebbels como inspirador e patrono.
A bola da vez é a Ministra Maria Do Rosário Nunes. Há pouco tempo era a política de cotas, as bolsas de inclusão, o crédito fundiário, o PROUNI. A violência “internetal” imputou à ela falsas afirmações e ações maculadoras para anular o discurso humanitário que ela profere e tornar inerte todo o progresso que a promoção dos direitos humanos já trouxe para dentro das polícias.
No caso epigrafado e que foi utilizado para incitar o ódio, o policial agindo dentro do estrito cumprimento do dever legal precisou usar do recurso que dispunha para deter a continuidade perigosa do crime. Não houve excesso e nem agressão após a cessação do intuito criminoso.
As almas derrotadas nos últimos processos eleitorais, articulam-se pela Internet, linkando-se com os canais de TV e dizem querer retomar o Brasil para os Brasileiros.
No esforço que fazem, não guardam qualquer elegância e não vacilaram a abraçar as ideias do Cabo Austríaco para reconstruir seus projetos. Querem construir um grande império de louvor à morte a pretexto de se indignar contra a violência.
Não esqueçamos que o apoio a condutas criminosas, ainda que pareçam aceitáveis em virtude do clamor público por uma solução imediatista dos problemas, é o mesmo que fazer apologia ao próprio crime que queremos combater.
Querem nos impor a paz e a ordem. Mas, uma paz que sabe à cemitério. Onde os privilegiados terão tudo e aos pobres sobrará apenas o sofrimento e a repressão.
Aplicar a punição não é tarefa nem da população e nem dos policiais. Se nos deixarmos dissociar das conquistas legislativas já alcançadas para buscarmos outras através da violência, seja ela verbal ou física, estaremos retornando ao estado primitivo do homem.
O Brasil luta por um novo tempo de paz, prosperidade e inclusão sob a égide dos Direitos Humanos.
A Casa Grande e os sucessores da ARENA se utilizam “das mentiras muitas vezes repetidas” para evitar esse novo tempo que chegará desautorizando o militarismo, civilizando e dando oportunidade aos brasileiros.
Civilização ou Barbárie? Rostos bonitos e modernosos escolheram a barbárie. Mas não passarão.
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SOBRE OS AUTORES:
Marcos Dionísio Medeiros Caldas é Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (RN) e da Coordenação do Comitê Popular Copa 2014 – Natal.
Ivenio Hermes é Escritor Especialista em Políticas e Gestão em Segurança Pública. Consultor de Segurança Pública da OAB/RN Mossoró, Conselheiro Editorial e Colunista da Carta Potiguar, Colaborador e Associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.