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O BYOD e a nova forma de educar

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O BYOD e a nova forma de educar
O BYOD e a nova forma de educar

A adesão às tecnologias móveis crescem cada vez mais. Celulares, tablets e notebooks estão presentes em qualquer sala de aula atualmente. Do ensino médio até os cursos de pós-graduação, a presença desses dispositivos fazem com o que os educadores disponham de apenas dois caminhos. O primeiro – e pouco recomendável – é o de repelir o uso desses equipamentos no ambiente educacional. A segunda alternativa – e mais produtiva –  é a de adequar-se à essa nova realidade. Desde o material de estudo, passando pela forma de apresentar o conteúdo até as técnicas de avaliação dos seus alunos.

Essa nova realidade é a chamada BYOD (Bring Your Own Device), em português, traga o seu próprio dispositivo.  Essa prática, inicialmente utilizada em ambientes corporativos, está começando a ser usada também na educação, já que, segundo estudos,  pode facilitar e acelerar o aprendizado. Mesmo com esses pontos tão positivos, o BYOD enfrenta ainda diversos desafios na educação brasileira. Para falar sobre o assunto, convidei o Professor de Redes de Computadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN, Eduardo Coelho. Entre as barreiras que a técnica enfrenta no Brasil, Eduardo falou também sobre as políticas de segurança necessárias para um uso seguro de diversos dispositivos em um ambiente educacional.

CP – Quais são os principais benefícios para o processo de aprendizagem com a utilização do BYOD?

EC – Existem estudos que relacionam o uso de dispositivos móveis a uma maior interação do aluno com as disciplinas, ou seja, o BYOD pode ser um fator que aumenta as possibilidades de aprendizado dos alunos.

BYOD, do inglês Bring Your Own Device, consiste no uso de múltiplos dispositivos pessoais de computação para acesso aos serviços da instituição de ensino. É uma consequência natural da disseminação dos dispositivos de computação na nossa vida cotidiana, que coloca no mercado em uma frequência cada vez maior dispositivos com capacidade aumentada e com novos recursos. Para o usuário é mais conveniente ter a possibilidade de escolher o dispositivo que melhor lhe convier.

A instituição de ensino, entretanto, enfrenta um novo desafio com esta demanda, que é adequar os anseios de seu corpo discente e docente com as possibilidades e políticas da instituição. Um dos desafios principais está relacionado à segurança da informação.

CP –  A variedade de dispositivos móveis torna o BYOD um grande desafio para a segurança da informação. Como você vê as políticas usadas atualmente para gerenciar essas informações acessadas de tantos dispositivos diferentes?

BYOD é uma tendência nova, e portanto as instituições ainda estão se adequando à ela. O fato de o aluno ter a possibilidade de usar os seus dispositivos na rede da instituição traz uma preocupação maior com relação à segurança da informação. O principal mecanismo utilizado neste sentido é a política de segurança de informação. O maior desafio é exatamente aplicar tal política a equipamentos que muitas vezes não estão ao alcance das equipes de tecnologia de informação da instituição.

O fato da tecnologia avançar muito rapidamente cria, ainda, uma necessidade desta política de segurança estar sempre sendo revisada e atualizada. Se faz, portanto, imprescindível para o setor de tecnologia de informação, um trabalho de conscientização contínuo da política de segurança da informação, que trata dos diretos e deveres dos usuários, no sentido de se busca garantir um nível adequado de segurança.

CP –  Atualmente, vemos algumas experiências de sucesso com o uso de tecnologia em sala de aula. Esse uso deixou de ser apenas um laboratório de computadores, tendo em vista o uso de video-conferência e lousas interativas na educação. Como você vê essas primeiras experiências no nosso país?

EC – A movimento de uso de novas tecnologias na educação é uma tendência muito forte, já muito difundida em países desenvolvidos e nos últimos anos sendo alvo de investimento do governo brasileiro através de seus Institutos e Universidades Federais. Um exemplo destas instituições é o IFRN, que  já investem nesta área em todos os seus campi, além de contar com um campus que possui como missão o uso, desenvolvimento e pesquisa de novas tecnologias aplicadas à educação, que é o campus EAD.

Aliado a um forte incentivo institucional, o corpo de professores e servidores também é incentivado a participar de capacitações e desenvolver pesquisas nesta área, garantindo o desenvolvimento na região.

A exemplo do IFRN, pode-se observar um forte esforço institucional na disseminação de novas tecnologias aplicadas à educação, esforço este que pode trazer bons frutos no ensino de nossos alunos.