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Sobre o discurso dissimulado da secretária Ramalho

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Por José Cleyton, Graduado e Mestrando em Ciências Sociais – UFRN

Desconfio de burocratas que alegam fazer trabalhos meramente “técnicos” e rechaçam a política. Esse é o caso da secretária de educação do Estado, a senhora Betânia Ramalho.

Em toda entrevista ela alega que faz um trabalho: “técnico”. Somente “técnico”. Será mesmo que ela acredita nesse disparate? Creio que não. Mas gostaria de perguntá-la se ela acha que essa palavra, “técnico”, é mágica. Ou que a imuniza contra as críticas.

É preciso reafirmar para ela e aos que comungam com esse disparate que onde há relações de interesses, a política se faz presente. Quer queira quer não. E a secretaria de educação está longe de não ser atravessada por interesses.

Portanto, senhora Ramalho, vai ter que sentar sim com os professores e fazer política. Pois como dizia Frei Betto: “a política não é tudo, mas tudo é política”.