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Mídia blinda os tucanos em SP: e qual é a novidade?

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Até agora não consigo entender o espanto de alguns em relação à blindagem que a grande mídia vem proporcionando aos seus amigos PSDBistas, no caso do tucanoduto do metrô de São Paulo, que pega de Mario Covas a Geraldo Alckmin

O Brasil247 fez uma boa matéria a respeito. Veja: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/110053/Agenda-proibida-do-PSDB-marca-Alstom-e-Siemens.htm.

Ora, seria surpreendente, se o protegido fosse alguém do PT, ou mesmo do PMDB.

A atuação do Estadão, O Globo, Folha de São Paulo, Globo News e cia segue lógica já conhecida. Não vem sendo diferente no decorrer do período de redemocratização brasileira, de 1985 até aqui.

Ou alguém já esqueceu o modo como a globo – mas não apenas ela – atuou na primeira eleição presidencial de 1989? Como o Lula foi pintado como um louco, beberrão, péssimo exemplo de pai e despreparado? A edição do debate? Vale lembrar que Collor só foi abandonado nos acréscimos da prorrogação.

E o FHC? Os milhões na casa do Chico, em que Fernando Henrique, da França, mandou demitir o superintendente da polícia federal, alegando que ele não tinha autorização para fazer nenhuma investigação contra o governo?!

E o limite da irresponsabilidade das privatizações, esse que foi, de longe, o maior roubo da história do país?!

E a compra de votos da reeleição, aonde há declarações abertas de parlamentares, afirmando a sua existência?

E a Satiagraha?

As ligações eleitorais do atual procurador geral da república, que tentou rifar o Calheiros em prol de alguns mui amigos do PMDB?!

Quantos editoriais da Folha e do Estadão?

Em que momento Jabor discursou, no imparcial jornal da globo, clamando contra o aparelhamento do Estado? Acenou para um possível golpe vermelho que jogou fora a bandeira da ética?

Merval falou em república de bananas?

Esquizofrênico conceber Reinaldo Azevedo, jornalista da Veja, pedindo a prisão de Alckmin e os seus ajudantes, como faz semanalmente com seus opositores.

Na verdade, em todos esses casos, a mídia atuou, isto sim, para queimar as fontes emanadoras das denúncias. Vide o delegado Protogenes. Vide o jornalista Amaury Jr, autor da privataria tucana.

Portanto, é tolice acreditar que, assim como fez com o chamado “mensalão”, irá dedicar cadernos e mais cadernos – lembrar do espaço construído pela Folha em seu portal para tratar do processo contra Ptistas – apenas para debater as propinas, tráficos de influência, obras superfaturadas e licitações fraudadas em São Paulo nos últimos 20 anos.

Ainda mais em São Paulo (!), que uma colunista da Folha, não vou lembrar o nome – não vale a pena –, argumentou que era o recanto da ética e da ausência do patrimonialismo no Brasil.

Não. A mídia não vai entregar seus protegidos aos leões.

Vai continuar falando que o mensalão foi o maior exemplo de corrupção da história. O que é correto, alias; já que, em nenhum momento, os escândalos bilionários citados anteriormente foram parar nos tribunais.