Já é dado objetivo o modo como a polícia investiu contra a #RevoltadoBusão nas primeiras manifestações. Depois de muita pressão exercida pela sociedade civil, aonde tenho certeza que a Carta Potiguar também desempenhou o seu papel, a polícia fez biquinho de meia culpa e reviu suas práticas para os protestos posteriores.
No entanto, o clima ameno proporcionado pelo aparato de repressão do Estado não continuará o mesmo, caso um movimento social, que luta por mobilidade urbana, titubeie (deixe rolar) diante dos muitos casos de depredação e violência inegavelmente existentes.
Se a situação permanecer, acontecerá em Natal o que já está se processando no Rio de Janeiro. O vento da opinião pública soprará para o lado dos policiais, relegitimando a concepção de que reivindicação é sinônimo de crime.
A polícia já sacou o contexto e deixa o caos correr, esperando ser chamada como salvadora da pátria de novo a “agir”. E me desculpe, geração facebuque, com razão.
A organização da #RevoltadoBusão precisa rever alguns conceitos. Não é possível afirmar que o vandalismo diz respeito a ato isolado. Ainda que desagrade, não é legal brigar com os fatos. Há grupos institucionalizados nas manifestações, que acreditam em violência como forma de atuação política.
A #RevoltadoBusão não pode tergiversar diante de truculência vinda do seu lado, ou vai se emaranhar no vandalismo e será difícil desatar o nó. Urge reprová-la. A não ser que alguém consiga justificar a relevância de furtar cadeiras e sofás, como ocorreu na loja Jacaúna, para a criação de um transporte público de qualidade.
FOCO
Deve ser discussões na câmara, nas audiências, etc. Para isso, é preciso juntar e aceitar todas as forças POLÍTICAS – associações de bairro, partidos, sindicatos, movimentos sociais, vereadores, etc.