***Texto enviado por Cris Lucena – Dona de casa, estilista, recém empregada e administradora de imóveis.
Puta que Brasil, Pátria Mãe Gentil!
Onde o petróleo era nosso — e o futebol também — até a opinião própria é venal.
NÃO leia se:
( ) Não prefere ser essa ‘metamorfose ambulante’;
( ) Nunca leu a Constituição Federal, manual de instruções do cidadão são;
( ) Não frequentou aulas “dissecativas” (E dissertativas) de história, ora;
( ) Não pretende ter algum conceito antes do preconceito;
( ) Não compreende neologismos e a lógica “Imoral é civismo”;
( ) Alimentou-se de conteúdo mastigado servido em livros de estória inglória e agora arrota concepção hipócrita;
( ) Não conhece a discografia da ditadura, trilha sonora da era-loucura;
( ) Desconhece a MPB em seu lado B, o lado A-vesso do verso, aversão à versão utópica.
❝ Ilma #Dilma, a coisa tá ficando #Rousseff…
Instragaram tudo! Tu, que foste torturada na velha guarda, minha cara, agora nos tortura sambando conFIFAnte na nossa cara. “Não me convidaram pra essa festa pobre que os homens armaram pra me convencer” e nem me representam.
Um (milhão) de estranhos no ninho*. Quebraram o ovo ovacionando e nasceram nas ruas — #PT que pariu… — filhos desnaturados da ditadura: tanto bate, até tortura.
A nação verde e amarela amadureceu 513 (…Treze…) anos depois (‘Vou cobrar com juros. Juro!’): no país dos “laranjas” suíços da Silva e “mensaleiros-carnaval-o-ano-inteiro”, a laranja mecânica** enfim putrefou. E fede a ácido #PEC37.
No país das armadilhas (ArmaDilmas), operamos maravilhas: R$ (Rs) 678,00 para casa, cara, comida, roupa lavada — E mal paga.
Puta que Brasil, Pátria Mãe Gentil!
Onde o petróleo era nosso — e o futebol também — até a opinião própria é venal.
Desde a época épica em que os fulanos-lusitanos descobriram as Índias (E as índias à beira mar em peitos desnudos à la sub #Femen, à la carte…), depois de séculos tomando “pau(-brasil) no SUS”, os gringos sambam na nossa cara com vista moriBUNDA para o mar, sim, porque nosso país é de descobrimentos e, realmente, estamos descobertos…
‘Alegria, alegria’, companheiros! Até a violência é temperada com pimenta, feito acarajé (A-cara-já é pintada!); Sssspray, aperte o play, “e não adianta vir me detetizar, pois nem o PT pode assim me exterminar…”
(…) Mas a vingança é um ‘Cálice’ que se serve frio, no Rio, em São Paulo, no estádio mané de espírito nada santo e na terra Natal de quem há muito deixou de usufruir, usufruto de fluir.
Caminhamos contra o vento, sem senso, sem movimento; o lenço estanca o sangramento do sacramento, marchamos feito o “bêbado e o anarquista”, pisando em ovos e povos feito equilibristas.
E, ‘apesar de você’, ‘meu caro amigo’, que se possa ‘acender as velas’ (E velhas veias!) e recitar nossas preces nacionalistas, ‘que as crianças cantem livres sobre os muros’ nulos uma ‘canção de protesto’ para a tão sonhada ‘Ordem e Progresso’; que a volante-violência não nos trave a ‘roda viva’, “roda gigante, roda moinho, roda pião”, que a impressionante imprensa, que nos imprensa plim-plim por plim-plim, nos permita postar n’O jornal’ o que gritamos em off na rede social.
Porque a nossa cesta básica deixou de ser necessidade máxima e deu lugar ao kit-maniFESTAção, manifestAÇÃO.❞
❛Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus❜ — Plebe Rude
Pronto, podem me censurar, me cenSURRAR.
OBS.:
➽ Frases ou palavras destacados com ‘ ‘ fazem alusão à canções intra-ditadura.
➽ (*) Em referência, ou releitura, ao filme “Um Estranho no Ninho”(1975), que retrata a pseudo-alienação como forma de revolução reacionária.
➽ (**) Em referência, ou releitura, ao filme Laranja Mecânica (1971) e o tratamento Ludovico; que remete, por exemplo, às lavagens cerebrais da mídia, governo e demais especulações, tais como ‘A cura’.
➽ Arte adaptada.
