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Na lorota do Jabor, Noblat, Azevedo, Globo e cia, meus caros, eu não vou cair

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É da “natureza humana” procurar atalhos informacionais para elaborar juízos de valor. Com maior integração social, surgimento de meios de comunicação, internet, redes sociais, etc, a prática se acentuou.

O bombardeio de informação vem de todos os lados e, não raro, os agentes se posicionam sócio-politicamente, a partir de estratégias que visam economizar tempo e recursos cognitivos. É que o sujeito do conhecimento vai construindo linearidades perceptivas no decorrer de sua vida.

A atitude é relevante. Evita o “tilt”.

Por exemplo: costumo desconfiar e quase sempre recusar tudo que sai da boca de colunistas como Arnaldo Jabor, Ricardo Noblat, Reinaldo Azevedo e cia.

Meu movimento não é gratuito. Está alicerçado num conjunto de divergências: eu sou favorável ao programa Bolsa Família. Os (des)articulistas são contrários.

Reconheço o sucesso das cotas nas universidades. Eles acreditam que o modelo anterior, em que uma desigualdade histórica não era enfrentada, é mais meritocrático do que o de hoje.

Defendo os direitos homoafetivos. Os citados acham que qualquer interferência nessa seara significa a produção de privilégios, sendo 300 mortes por ano – além das discriminações diárias – em decorrência da escolha sexual mero detalhe.

Para mim, aborto deveria significar escolha soberana da mulher. Para eles, um embrião tem a mesma equivalência de uma vida já formada, constituída e autônoma.

Democracia do lado de cá é participação efetiva. Do lado de lá, no máximo, dedilhar um número numa urna. E quando o candidato deles perde a culpa é do povo. Eles preconizam uma democracia sem gente.

Não tem erro. O que vem dos representantes dos jornalões, sobretudo, dos mais aguerridos se traduz como já saber o que recusar, ou, ao menos, ficar com o pé bastante atrás.

Mas algo me chamou atenção, aparentemente bagunçou o sentido dessa interação – eles estão, assim como eu, apoiando os protestos desencadeados pelos aumentos das passagens de ônibus nas cidades do país.

Meus atalhos ruíram? Acredito que não.

Na verdade, não endossamos as mesmas manifestações. O movimento social que apoio luta por melhores condições de vida, pelo direito de ir e vir. Daí acreditar que todos podem e devem ser chamados ao debate e, se for o caso, pressionados (prefeituras, governos e união) por uma politica de mobilidade melhor.

Eles procuram construir um clima de caos, juntando uma super inflação inventada e batida até que se torne verossímil (em que pese nunca ter saído da meta); suposta crise econômica (como se o mundo estivesse crescendo a taxas muitos superiores do que a nacional) às manifestações pelo país afora, como se essa (falsa) salada do fim do mundo fosse culpa do PT e os manifestantes da Salgado Filho em Natal à Paulista em São Paulo portadores de tal visão absurda..

O meu levante mira a inclusão. O deles a exclusão – enfraquecer a presidente Dilma, para fazê-la recuar naquilo que incomoda seus financiadores (a banca), a saber: pleno emprego e renda elevando acima da inflação.

A luta que vejo ser travada por brasileiros, que apanham da polícia nas ruas, é pelo direito à cidade.

As incursões da direita brasileira, contando até com mudanças repentinas daqueles que, anteriormente, vibraram com as muitas bombas e balas de borracha contra os protestos têm outro objetivo. O que eles querem é 2014. É o PSDB de volta com o seu brado retumbante global, o Aécio.

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Como diz o já consagrado bordão: eles não me representam. Para ser justo, nunca tiveram essa intenção.

Meus atalhos ainda funcionam.

E nessa lorota, meus caros, eu não vou cair.