Algo vinha incomodando quem apoia os protestos em São Paulo (e noutras cidades do país), que tem como pauta o fim do reajuste da tarifa de ônibus e anseia por transporte de qualidade: a aparente similaridade no conteúdo das posições (indiferentes) do prefeito Fernando Haddad (PT) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Porém, Haddad começa a deixar claro que joga de modo diverso. Enquanto Alckmin endossou a atuação de sua polícia, quando até jornais conservadores criticaram o modus operandi dos fardados, Haddad chamou Movimento Passe Livre para o diálogo e reprovou violência praticada contra os manifestantes.
Revelando sua concepção sobre o que entende por (não) participação, Alckmin enquadrou estudantes como vândalos. Haddad, seguindo linha contrária, abriu canal de negociação, alias, como deve ocorrer numa democracia. O fato é significativo de como o PT e o PSDB estabelecem relação com demandas da sociedade, em especial, com movimentos sociais.