“Depois de trintas anos de luta, tem gente que ainda tenta criminalizar MST porque este anda com suas enxadas e foices”, frase dita pelo Jornalista Daniel Dantas no twitter.
Verdade, xará. Será que essa galera ainda não entendeu que a foice e a enxada são utilizadas nas caminhadas apenas como um elemento simbólico da luta pelo trabalho e pela terra?!
Elas já foram usadas para outro fim durante protestos? Pelo contrário. O que aconteceu e ainda ocorre é o sistemático ataque e assassinato dos Sem Terra no decorrer da história recente.
Talvez, a imprensa pró-seturn até saiba, mas para eles é interessante não saber, ou não contar.
Agora, é um pacifismo de ocasião, bem seletivo. Falam em paz e desarmamento quando o negócio é deslegitimar qualquer reivindicação.
Porém, pedem borrachada e bala contra movimentos sociais pacíficos, como foi a #RevoltadoBusão.
Saiam desse oito!
SUBCIDADANIA
No Brasil a própria condição de ser enxergado como “gente” ainda não está universalizada, argumenta o sociólogo Jessé Souza.
Para o pensador que vem revolucionando a teoria social brasileira, tem gente que não aceita que todos sejam vistos como gente.
É o problema dessa gente – uma elite natalense ignorante, moralista, mas cheia de privilégios – com relação aos movimentos sociais e qualquer atividade que venha debaixo.
Querem a política da concessão magnânima e principesca. Não admitem que conquistas venham da pressão.
Como já disse, não adianta espernear. Novos atores estão entrando em cena. Aumento da renda e da escolaridade geram mais expectativas. É irreversível.
Mas o que esperar de pessoas que quase infartam simplesmente porque empregadas domésticas terão direitos como qualquer trabalhador?