Racionamento já é palavra de ordem pelos corredores da CAERN. Se até maio não chover, a medida se tornará realidade.
Fico com a impressão de que a sociedade não tem a dimensão da gravidade da situação – lavam calçada com a maior naturalidade.
Os reservatórios estão vazios. A Lagoa de Extremoz, que abastece a cidade, além de São Gonçalo e parte da zona norte de Natal, já se encontra com 40% de sua capacidade. Lençol freático também diminui de tamanho.
E as previsões não são animadoras. Em março choveu cerca de seis vezes menos do que a média histórica. Se os técnicos não estiverem errados, a escassez não irá se reverter à curto prazo.
As adutoras não têm de onde retirar água para abastecer o interior.
O gado morre. Milho subsidiado é muito pouco. O norte-riograndense sofre. O carro pipa do governo federal é só paliativo.
O que Rosalba Ciarlini espera? Por que não vemos uma grande mobilização da gestão em prol da minimização dos problemas?
Mencionou estado de calamidade. Sim, é daí?
Discursar e posar para foto em seminário sobre uma adversidade, que já é de conhecimento centenário desafia a inteligência de qualquer cidadão.
O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) propôs algo concreto: a formação de um gabinete de crise. Sugestão boa não se recusa. Não é hora de olhar para cor partidária.
Outro meio seria utilizar a publicidade para fins educativos. Ao invés de alardear obras faraônicas, falar de elefante branco, por que não tentar conscientizar a população sobre o cenário de calamidade?
O que não pode é fingir que o caos não existe, ou economizar publicidade, para usá-la com amenidades mais próximo da campanha eleitoral.
O RN está em guerra. Mas o exército (a dita classe política) está disperso e sem comando.
Rosa, como você é chamada pelos bajuladores, é hora, de fato, de ação e realização.
Só rezar para São Pedro não dá!