“A mulher do homi é dez”, me disse um pescador fim de semana passado. A frase faz todo o sentido porque expressa algo que a grande imprensa tenta negar – a presidente Dilma já é uma líder popular.
Ontem, mais uma vez, O Globo, Folha e Estadão tiveram que veicular a triste notícia (para eles). Conforme pesquisa CNI-IBOPE, o governo Dilma obteve a aprovação de 63% dos brasileiros. A pessoal chegou a 79%, superando FHC e Lula.
Os dados contradizem a ideia, em certo sentido primária, de que Dilma depende, diretamente, da representatividade de Lula. Não se trata de menosprezar o papel desempenhado pelo ex-presidente, que será muito relevante em 2014 (a frase do trabalhador com a qual eu iniciei o texto retrata bem a questão). Mas de desfazer a tese, ainda “subliminarmente” trabalhada, de que a presidente é um “poste”, de que, pelo seu perfil técnico, não tem brilho próprio.
PIBesteira
Outro mito a ser desconstruído é aquele que relaciona, sem ressalvas, crescimento do PIB com a questão do desempenho eleitoral.
Em que pese o baixo crescimento do Produto Interno Bruto, o Brasil vive um cenário de pleno emprego, a condição de vida das pessoas melhorou.
A sensação do eleitor é algo um pouco mais complicado do que tal formulação simplista. A frase do pescador que também o diga.