Por que queríamos tanto um papa brasileiro? Ora, para quem preza pelo direito das mulheres, dos homossexuais e outras minorias, a escolha de um bispo verde amarelo para o posto máximo da igreja representaria um retrocesso. Seria mais um censurador dos avanços para chamar de nosso.
A expressão papa progressista é uma contradição entre termos. Se olharmos historicamente para a Igreja, ficará claro que sua linha é de conservação do status quo, de consagração da tradição e de afirmação da hierarquia – até hoje só apenas 115 homens votam no conclave para escolha do líder católico.
Vale a pena ler, nesse sentido, o perfil traçado pelo Opera Mundi do novo papa argentino. Conforme pesquisadores daquela nação, ele “passou a mão” na cabeça de sequestradores dos filhos de presos políticos, facilitou a prisão de padres no período da ditadura por parte dos militares, foi contra o direito promulgado no país de Kirchner e Messi de pessoas do mesmo sexo se casarem e fez forte oposição a atual presidente do seu país. Entre as alegações para não votar em Cristina, enfatizou que a bíblia é clara – só homens podem comandar a política.
Novo papa já foi acusado de cumpliciadde com crimes da ditadura argentina
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27792/novo+papa+foi+denunciado+por+cumplicidade+com+crimes+da+ditadura+argentina.shtml
OPOSIÇÃO AO GOVERNO DILMA QUERIA ODILO SCHERER
Leia também o texto de Paulo Moreira Leite na “Isto É” e entenda porque a oposição ao governo Dilma torceu tanto pela vitória de Odilo Scherer.
O papa que não foi
http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/282959_O+PAPA+QUE+NAO+FOI+