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Concurso público para resgatar a imagem da Câmara Municipal do Natal

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A administração pública está passando por um processo lento, mas contínuo de modernização de suas práticas. Há um melhoramento técnico dos quadros, que decorre, em parte, do modo como os servidores são arregimentados. Depois da constituição de 1988, não basta ser amigo de alguém influente. É preciso se submeter e ser aprovado em um concurso público.

O ganho do alastramento dessa medida é simples, mas revolucionário. Por diversos aspectos: impessoaliza a gestão, torna o critério de acesso aos cargos, almejados por muitos, mais objetivo, mais meritocrático. Enfim, o Estado ganha com o servidor preparado e que entra sem dever “favor” à ninguém.

A tendência é irreversível. No entanto, ainda é possível encontrar resistências. É o caso da Câmara Municipal do Natal. Com algumas centenas de cargos de comissão, que servem de massa de manobra removida de eleição em eleição, o legislativo municipal já passou da hora de criar um quadro de servidores preparados, que movimentem a casa e independam de quem esteja no poder.

O concurso público na Câmara criaria um ambiente menos favorável à pequenez da política, que hoje atravessa o legislativo natalense. Se não falhe a memória, seria o primeiro da história da instituição (os funcionários efetivos entraram antes da constituição de 1988 quando os exames não eram obrigatórios).

O presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ricardo Mota, já anunciou a medida no legislativo estadual. É chegada a hora do vereador Albert Dickson dá também esse passo adiante, até para resgatar a imagem da casa – tão desgastada – que hoje ele preside.