Mais um lado. Agora, a versão do assessor de comunicação da secretaria de educação do Estado.
Todos conhecem a postura da professora Betania Ramalho em relação aos repórteres que a procuram. Grande parte dos jornalistas que cobre a Educação já teve a oportunidade de procurá-la e deve ter percebido o quanto é fácil o acesso. Muitos tem o celular da professora e, quando não tem, eu mesmo repasso, porque ela gosta de atender a todos, sem distinção. Ninguém fica sem resposta, independentemente do tema. A professora sempre cobrou de sua assessoria transparência total e irrestrita em todos os dados fornecidos. Tenho procurado seguir isso, por isso mesmo presto esses esclarecimentos.
No caso específico, eu mesmo atendi, por duas vezes, a repórter da TVU e tentei entender o que ela estava querendo esclarecer. Cheguei a perguntar se ela estava questionando sobre o terço da hora atividade, pois esse, como disse Edgar Guerra, é um assunto muito simples e eu tinha as informações para repassar. Tanto que essa semana, o tema foi discutido amplamente, inclusive com a presença de sindicalistas, nas jornadas pedagógicas em que a secretaria fez palestras pelo interior do Estado. Mesmo assim, a repórter não soube explicar se o assunto era esse mesmo. Falava apenas que havia uma discrepância entre as horas que o professor trabalha e o que é pago. E que o governo teria aumentado a carga horária e não estaria pagando por isso. Como eu sei que essa discrepância não existe, pois a carga horária é de 30 horas e são pagas 30 horas, pedi para que a repórter entrasse em contato com a secretária, que poderia dar uma informação mais detalhada. Foi quando passei o número do celular da secretária para a repórter.
Mesmo em viagem pelo interior, na preparação das escolas da rede para o início do ano letivo, a secretária atendeu às ligações da repórter por duas vezes em um dia, e mais uma vez, no dia seguinte, quando a repórter voltou a ligar para novos esclarecimentos. Após esclarecimentos prestados por mim, em duas ligações, mais esclarecimentos prestados pela secretária, em outras três ligações, a repórter continuava com dúvidas em relação ao assunto. Por esse motivo, a secretária sugeriu a ela que procurasse um contato com o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação – Consed, que está à frente das discussões do terço da hora atividade em vários estados, para que obtivesse ainda mais informações para a matéria.
Quem conhece a secretária Betania Ramalho, o respeito que ela tem pela liberdade de expressão, até por ser uma estudiosa da comunicação e entusiasta da área, sabe que ela não negaria qualquer tipo de declaração ou entrevista, quando solicitada. Muito menos pediria para que uma matéria fosse censurada, principalmente na TV Universitária, emissora pela qual ela tem total respeito e carinho especial. Seus funcionários e estagiários sabem disso. Reafirmo que a secretária Betania Ramalho não entrou em contato com a reitora, muito menos com a direção da TVU, na tentativa de censurar o material. Assim como atendeu a todas as ligações feitas pela reportagem, como sempre fez, independente da emissora e do assunto.
Acredito que o que houve foi um grande mal entendido, estimulado principalmente pelo sindicato dos professores, que tem o costume de desvirtuar as questões referentes ao trabalhador em educação, deixando, na maioria das vezes, o repórter com informações truncadas ou desencontradas. Eu já fui vítima disso, quando atuava nas redações e, por isso mesmo, entendo a situação da repórter da TVU.
Não lembro o nome da repórter, pois foram muitos os repórteres que entraram em contato essa semana para tratar do SIGEduc e outros assuntos, mas acredito que houve mal entendido e desencontro de informações nesse caso. Espero que as relações da secretária e da assessoria de comunicação da Seec com os que fazem a redação da TVU continuem de respeito múltiplo e cordial, como sempre foi. Sempre que fui procurado pelos produtores ou jornalistas da TVU, mesmo quando o assunto se tratava de reivindicações do sindicato, atendi prontamente. E continuarei prestando esse trabalho. Estou aqui buscando melhorar a imagem da Educação Pública, que muitos tentam colocar pra baixo, indiscriminadamente. Não sou contra o sindicato, muito menos contra a valorização do professor, pois minha mãe é professora da rede estadual e eu conheço bem essa realidade. Acredito que a categoria deve se unir cada vez mais, em todo o país, para obter mais conquistas.
Respeito a presidente Fátima Cardoso, reconheço sua luta, mas o que tenho acompanhado é uma tentativa constante por parte do sindicato, de jogar a imprensa contra a Gestão da Educação do Estado, em casos como esses da TVU, principalmente depois que o governo começou a saldar todas as dívidas e a pauta de reivindicações da categoria. A nota publicada pelo site do sindicato demonstra claramente isso. Existem essas tentativas porque sempre tivemos uma excelente relação com a imprensa, transparente e de respeito. E assim continuará sendo.
Na luta por uma educação de qualidade, e que atenda às necessidades dos nossos alunos e filhos, estamos todos juntos. Sindicato, imprensa e governo.
Eduardo Colin
Assessor de Comunicação da SEEC