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Micarla e o castelo de cartas da popularidade

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Durante o discurso de Micarla de Sousa ontem na Câmara Municipal do Natal as secretarias estavam às moscas.

Motivo: a prefeitura obrigou os cargos comissionados a abandonarem os seus postos de trabalho para lotar a CMN. Um jeito de tentar demonstrar popularidade.

Muitos ainda exonerados, trabalhando de graça com a esperança da recontrataçao, mas não sabendo nem como irão fazer o supermercado do próximo mês se viram obrigados a compactuar com a farsa.

O fato é que muitos reclamaram. Na surdina, falaram em falta de respeito e humilhação para com o ser humano.

Com isso, Micarla atiçou ainda mais a raiva dos seus liderados contra ela.

“Se ela está pensando que vou fazer campanha para ela, pode tirar o cavalinho da chuva. Vou ficar até a eleição e depois peco o beco”, me contou um amigo que ocupa cargo comissionado na prefeitura.

A situação ridícula, além disso, repercutiu mal na imprensa e nas redes sociais.

DEMOCRACIA ANTIDEMOCRÁTICA

Os opositores de Micarla de Sousa e de alguns vereadores não puderam entrar, durante a abertura dos trabalhos da casa, na CMN. De repente, fechar a chamada “caso do povo”, a CMN, para a sociedade se tornou fato corriqueiro.

POLÍCIA PARA QUEM PRECISA

Os poucos integrantes do #Foramicarla que permaneceram na frente da CMN foram abordados rispidamente por policiais. Em que pese a movimentação absolutamente pacífica, 15 viaturas foram mobilizadas e encaminhadas para o local.

Se não fosse o vereador Raniere intervir e intermediar o diálogo, estudantes sairiam presos.

Só não se saberia por qual razão.