Os médicos já organizaram dois atos públicos em defesa da saúde.
Motivo mais do que justo, se não existisse outra razão por trás da movimentação política.
Os herdeiros de hipócrates andam chateados com a institucionalização do ponto eletrônico nas unidades de saúde do RN.
Na realidade, a obrigatoriedade do ponto põe fim em uma antiga prática – a dos “plantões de sobreaviso”.
O “plantão de sobreaviso” é aquele em que o médico trabalha, mas não de “corpo presente”.
Fica em outro local (em casa, ou outro trabalho) e pede: “para só ser incomodado se chegar algum caso grave”, como me contou uma assistente social do Walfredo Gurgel.
É dessa maneira que alguns acumulam mais de 24 horas de serviço por dia. Tudo pago pela viúva. E o trabalho não efetivado, óbvio.
Por esse motivo que a ação é conservadora e visa resguardar um privilégio e não fomentar direitos.