O interesse de Fátima Bezerra de se contrapor a Henrique Alves, provável adversário nas eleições para o senado em 2014, já começa a criar um cenário desfavorável para o Partido dos Trabalhadores. A tentativa de se fortalecer contra a ofensiva PMDBista tem levado a deputada federal, filiada histórica da agremiação, a pressionar pelo fechamento de parcerias para as eleições municipais de 2012 que, não necessariamente, passam pelo hipertrofiamento do PT.
Natal e Mossoró seriam os casos mais representativos. Preocupada em fazer uma aliança já no primeiro turno com o PDT de Carlos Eduardo em Natal e largar com Larissa Rosado (PSB) em Mossoró, Fátima trabalha incansavelmente nos bastidores para desarticular a candidatura do Dep. Estadual Fernando Mineiro na capital e do Reitor Josivan Barbosa na principal cidade da região oeste. Em troca, receberia a promessa de ser apoiada em 2014.
De acordo com PTista bem posicionado, há uma leitura que vem ganhando corpo no PT de que é preciso frear os “ânimos” da deputada. Do contrário, a ideia das candidaturas próprias, que para alguns são fundamentais para o fortalecimento do partido, irá para o brejo.
“Fátima Bezerra, contrariando todas as previsões dos especialistas, que não foram poucas, entregou a prefeitura de bandeja para Micarla de Sousa. De quebra, enfraqueceu todo o grupo do qual fazia parte, que acabou levando uma surra eleitoral em 2010 no RN. Ela não tem legitimidade, agora, para abortar um projeto que confere autonomia para o PT apenas para atender as suas aspirações pessoais”, me descreveu longamente o amigo.
