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Então é Natal…Em Natal.

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Por Pedro Henrique

Natal, do bom velhinho, está atrelado à neve, ao frio, aos animais fantásticos que nunca voaram pelas bandas de cá, presentes, consumismos, muita comida, fotos das mais diversas e lindas nas redes sociais. Que nessa época tornam-se, Redes Anti-Sociais, pois muitos fazem vista grossa diante das mazelas daqueles que gostariam de entender o conceito de felicidade, daqueles que não habitam, que não comem, que estão largados ao relento, esperando que esta felicidade chegue, juntamente com as boas ações, esperança e toda essa falsa solidariedade do dia de hoje que não cabe no saco do bom velhinho.

Pai Natal ConsumistaNatal, a cidade, se é que podemos chamá-la assim, está abandonada, fede, dispõe das mais lindas crateras lunares, carece de seus recursos básicos, pois a última prefeita, bancando o Papai Noel, colocou tudo que ela roubou dentro do saco e saiu voando por aí. Natal, o projeto de metrópole, agrega o que há de mais desprezível na política. Os Maias daqui continuam mentindo para o povo, torturando, decepando e jogando as cabeças dos cidadãos pirâmide social abaixo. É

Natal em Natal, shoppings lotados, muita comida na mesa, votos dos mais diversos, bebidas, amigos. Se Papai Noel colocasse seu trenó para andar por aqui, certamente não passaria da primeira rua esburacada, ficaria horrorizado com aquelas crianças nos sinais mendigando e, certamente, não presentearia os Maias, pois eles mentem, nem os Alves, nem os Faria, porque assim como os Maias mentem, eles, os “Faria” nunca fazem, nem os Rosados que em breve começam a arquejar. Papai Noel é isso: “Presenteia os ricos e cospe nos pobres”!

Ah esse pesadelo sócioeconômico e histórico que é o dia 25 de Dezembro. Mas, é Natal em Natal, vamos comemorar e fechar os olhos para a verdade cortante e indigesta que é o caos que devora nosso cotidiano. A árvore foi iluminada para a felicidade de todos, mas o lixo continuará amanhã nas ruas com a mesma naturalidade que passaremos e não nos sensibilizaremos com a criança faminta do sinal, sem a roupa cara do shopping e sem a devida oportunidade que a sociedade falha não teve competência em solucionar ao longo de tantas noites natalinas. É preciso pensar e partir do seguinte pressuposto: Desejar feliz Natal não nos tornará menos medíocres, hipócritas, desumanos e, certamente, não resolverá as aberrações sociais da nossa Natal, do Natal. Afinal, segundo os mandamentos, Jesus está de olho em nossas ações e não ficaria nada feliz em ver toda essa segregação no dia do seu aniversário!