Com a intenção de renovar a “aliança”, Micarla de Sousa fez uma exoneração em massa. A ideia é readmitir apenas aqueles que prometerem trabalhar para as candidaturas do partido verde, agremiação que a borboleta preside no RN.
Apesar de expor a total falta de organicidade do partido, os seus formuladores acreditaram que poderiam, com isso, garantir a mão de obra necessária para a reeleição da prefeita e de seus vereadores.
A aparente jogada de mestre virou, na verdade, motivo de piada, pois a possibilidade da chantagem render frutos é a mesma de um surfista conseguir executar seu esporte nos lagos russos.
Quem é que, ao receber a tal chantagem, vai se negar a vestir o verde durante as eleições?
Porém, quem é que vai controlar todo mundo? E de que forma?
Qual é a garantia que a prefeitura terá de que a sua mão de obra barata, vendo que Micarla vai perder, não irá mudar de embarcação?
Ou que, na hora de mostrar serviço, não fará corpo mole?
Ou mesmo nem entrar na campanha para não se queimar?
Afinal, quem é que trabalha para candidatura perdida?
“Pelo meu emprego, eu digo até que ela é Jesus. Quando chegar as eleições, eu decido de verdade para quem vou trabalhar”, me contou um ocupante de cargo de comissão com o sorriso no rosto.
“Eles vão fazer o que? Prender minha carteira de trabalho?”, ainda brincou o dito cujo…
É por essas e outras que Micarla de Sousa anda bem avaliada.