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Soberba e preconceito contra aquisições de sites de compras coletivas

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Por Gunther Guedes

Pronto. Compra efetuada. Estava esperando uma promoção de armações de óculos e finalmente apareceu uma. Como estudante universitário que tenta se manter com um estágio (é claro sem tentar pedir ajuda aos pais) aproveitei a oportunidade da compra e adquiri aquele objeto. Com o cupom em mãos fui à loja, chegando ao local fui informado por uma jovem atendente (muito simpática) que só estaria disponível no dia 02 de janeiro. Como não tinha nada o que fazer, esperei.

Finalmente o dia 02, voltei a loja de óculos localizada em um shopping da cidade para, de fato, pegar a minha compra e de quebra mandar fazer a minha lente no mesmo local, evitar outra saída e testar também os serviços daquela empresa – voto de confiança.  No local, sou informado que o cupom que estava em mãos talvez não pudesse ser aceito por que não tinha o código de barras (cabeça minha) e a mesma atendente sorridente disse que iria falar com sua gerente para o que poderia ser feito. E foi aí que me veio a surpresa.

Não estava esperando que algo miraculoso fosse feito, talvez algumas palavras como: “Senhor, infelizmente não poderemos aceitar por que não existe o código de barra, o que é necessário. Mas vá na lan house aqui do Shopping mesmo e veja lá em cima do cupom. Você volta e nós já começamos a fazê-lo”, doce ilusão.

A gerente com todo o poder do balcão (seu pedestal de importância frente a outras atendentes) disse em alto e bom som (para não dizer quase gritando na frente de todos – inclusive alguns clientes que foram no mesmo intuito): “Mande ele voltar para casa e imprimir de novo. Ele acha que sou o que? Agora eu vi!!”. E vendo aquela situação constrangedora,  a sorridente voltou sem jeito e disse que necessitava de código de barras.

Confesso que naquele momento não parei de olhar para a gerente com surpresa e ver como anda a qualidade do nosso atendimento. Agradeci a atenciosa jovem e disse que iria retornar a minha casa e imprimir novamente o cupom, agora o certo, por que eu não sabia que aquele não servia. E disse que infelizmente, quando voltasse só iria pegar a armação e nada mais e saí. A atendente me pediu desculpa disse que já tinha acontecido algo parecido antes.

Esse relato aconteceu hoje, 02 (segundo dia do ano), e quando compartilhei com alguns amigos, percebi que já se tornou uma história vivenciada por quase todos. Não falo apenas das compras realizadas em sites de compras coletivas (que são casos gritantes), mas de todo o atendimento/serviço de nossa cidade. Estamos acostumados com pessoas mal educadas, grosseiras nas lojas e não fazemos absolutamente nada.

Outro dia vi uma foto de uma jovem reclamando do mal atendimento de uma loja de sapatos em outra parte da cidade, dizendo que sua mãe e ela foram supostamente gritadas por uma gerente; depois uma amiga chegou a dizer que uma manicure não fez direito suas unhas por que não iria receber os 10% por que era do Peixe Urbano. Parece até loucura, mas está se tornando cômodo. “Invisto em sites de compras coletivas, dou promoção e eles que se virem”.

Contudo, gostaria de explicar aos nobres colegas leitores que os sites de compras coletivas tem como objetivo principal a divulgação de seus produtos e serviços e não, como alguns pensam, a promoção. É uma ferramenta tecnológica que surgiu para facilitar e propagar novas empresas em um mercado cada vez mais competitivo e sem espaço para amadores (e grosseiros, diga de passagem).

Esse relato é para alertar donos de lojas e outros estabelecimentos de serviços que estão sendo oferecidos, pois se uma coisa é que vocês não são é prestadores de favores, mas de serviços que devem ser de qualidade; e aos clientes que denunciem sim, claro com todo o respeito e seriedade.

Se existe uma coisa pior do que entrar em uma loja e ser atendido de uma forma tão desumana, é descobrir que os que foram tratados assim não fazem nada para mudar.