Infeliz a reação de alguns sindicatos à tentativa da reitoria de implementar ponto eletrônico na UFRN, em especial, nos hospitais universitários.
“Contra o ponto eletrônico”, diz uma faixa posta na UFRN com, logo depois, a sigla de um sindicato, que dizia defender o interesse dos trabalhadores. Ora, porque ser contra a implementação de um ponto eletrônico, como a faixa sentencia? Quem trabalha normalmente pode ser contra um simples ponto eletrônico?
É compreensível os funcionários da UFRN se posicionarem contra qualquer questão que afronte os direitos dos trabalhadores e as condições de existência da instituição (condições de trabalho, autonomia, etc).
É compreensível ser contra a criação da empresa brasileira estatal, aprovada pelo senado, que irá operar os hospitais universitários, pois ela apresenta margem para diminuição salarial, retirada da autonomia das universidades, na medida em que permite terceirização e contratação de empresas privadas, e enfraquecimento do principal objetivo desses hospitais, que é criar um espaço pedagógico e acadêmico voltado para a promoção do ensino, pesquisa e extensão. Mas como ser contra a implementação de um ponto eletrônico? Qual o direito que um ponto eletrônico retira? Ele só irá beneficiar quem trabalha adequadamente.
A impressão é a pior possível…
Os sindicatos, às vezes, caminham contra a corrente do desenvolvimento da administração pública. Com isso, perdem a opinião pública e se enfraquecem ainda mais como movimento social, tal como, por exemplo, ocorreu com os policiais militares na Bahia.
Na Bahia, a população, que no início entendia a reivindicação de melhoria salarial, se voltou contra a greve em decorrência das estratégias terror implementadas pelos policiais.
ILHAS DE INEFICIÊNCIA
Bem que o ponto eletrônico poderia ser universalizado, pois não é incomum encontrar funcionário que vai trabalhar na UFRN quando lhe convêm (as vezes nunca). Têm alguns que não trabalham pela força política e/ou jornalística que conseguem concentrar, mas recebem, aí sim, sem nenhum atraso.
Não é a regra. A grande maioria dos funcionários trabalha corretamente e é responsável pela normalidade da instituição. Mas é preciso, nesse caso, impedir as exceções..