Por Irina Cordeiro
O “Slow Food” (cozinha lenta) é um movimento sem fins lucrativos criado por Carlo Petrini, em 1989, com a finalidade de contrapor os valores e padronizações impostas pelo “Fast Food”. O movimento ainda expande seus valores ao defender e manter vivas as tradições e culturas culinárias regionais, incentivar o consumo de acordo com a procedência e integro sabor dos alimentos, provando, assim, que uma escolha e modo culinário podem afetar de forma positiva o mundo que vivemos.
Conceitos de ecogastronomia se fazem presentes ao movimento, de forma que, se conjuga o prazer e a alimentação como um atestado de consciência e responsabilidade social. O movimento prova que o prazer ao degustar e saborear uma comida ou bebida deve ser harmonizado com esforços para salvar inúmeros grãos, vegetais, frutos, raças de animais e produtos alimentícios que atualmente correm o sério risco de desaparecimento devido ao predomínio das refeições rápidas e ao agronegócio industrial exacerbado e megalomaníaco, na qual o capital é o único argumento visado.
Segundo o “Slow Food”, antes de ingerirmos um alimento devemos conhecer sua origem, quem o produz e como é feito, pois essa consciência expande nossos horizontes e conseguimos reverter o modo de pensar – o ato de se alimentar ser apenas ingerir um “bolo” nutritivo. E sim, devemos perceber a importância da boa alimentação para o ecossistema e para o desenvolvimento sustentável e social nos meios industriais de alimentação.
Atualmente, o “Slow Food” conta com mais de 100 mil membros espalhados por todo mundo e cerca de 50 mil produtores e co-produtores. Todos unidos em prol de manter vivas as tradições alimentares de cada região, os sabores gastronômicos culturais intensos e perceber importância e consciência social no simples ato de se nutrir.
Quem tiver interesses em participar do movimento “Slow Food”, visite a homepage brasileira (www.slowfoodbrasil.com.br). Na página virtual contém todas as informações cadastrais e demais curiosidades sobre esse lindo movimento.
Vamos à receita!
Nessa levada de proteção de uma identidade gastronômica regional, hoje vou repassar uma receita mais que potiguar, no qual os sabores e aromas do litoral abrem as portas dessa sexta-feira.
Papelote de filé de Sirigado com pesto de coentro e manga guarnecido com banana-da-terra ao forno.
Ingredientes Papelote Peixe:
700g Filé de Sirigado;
10 ml de azeite de oliva;
10 ml de vinho branco;
2 Mangas tommy;
1 Limão;
Sal e pimenta a gosto;
Papel manteiga.
Ingredientes Pesto de Coentro:
1 maço pequeno de coentro fresco;
50 ml azeite de oliva extra-virgem;
50 gr de castanha de caju;
1 Dente de alho;
10 ml de limão;
Sal a gosto.
Ingredientes da Banana-da-terra:
2 und banana-da-terra;
10 ml manteiga de garrafa;
Modo de Preparo Papelote Peixe:
Pré-aqueça o forno a 210ºC. Tempere o peixe com limão, sal e pimenta. Forme papelotes com o papel manteiga e acomode o peixe. Adicione a manga, o azeite e o vinho branco. Feche e leve ao forno por 20mim. Reserve.
Modo de Preparo Pesto de Coentro:
Bata levemente todos os ingredientes no liquidificador. Não triturar muito. Reserve.
Modo de Preparo Banana-da-terra:
Faça uma fenda vertical na banana e pincele com a manteiga. Leve ao forno por 20mim. Reserve.
Como Montar:
Acomode o papelote de Sirigado em um prato. Abra o papelote, adicione o pesto de coentro sobre o peixe e sirva com a banana ao forno.
Bom apetite e excelente semana a todos. Até!