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Há algo de Errado no Paraíso

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Outro Olhar Sobre Segurança Pública

Por Ivenio Hermes e Aluísio Azevedo Júnior¹

Como Falar de Segurança Pública Para Crianças

Os papeis se inverteram totalmente, hoje, grande parte dos pais não dizem para os filhos pararem de jogar vídeo game no carro, ouvir música com fone de ouvidos, pararem de terem amigos secretos ou até assistirem ou participarem de programas alienantes.

Essa alteração comportamental se dá devido aos aparelhos “adultos”, os “brinquedos” modernos que cada dia se fazem tão necessários para o mundo profissional que não consegue mais permanecer no escritório e invadem os lares, fazendo os pais se tornarem escravos de seus “aparelhinhos” necessários.

E os filhos? Ficam relegados à companhia da boa e velha babá eletrônica, a televisão, com seus desenhos, novelinhas, contos e etc.

Essa ameaça à segurança pública não deixou de ser percebida pelo escritor Francisco Canindé dos Santos, que consubstanciou sua preocupação e seus conselhos sobre essa prática cada vez mais comum.

Rápida Biografia

Não sendo essa sua primeira experiência literária, Canindé é formado em Comunicação Social pela UFRN e empregado da Empresa de correios e telégrafos, fazendo de sua capacidade de observação, a prática da leitura e da escrita, o fundamento para seu texto.

 

 

Opinião Abalizada

Aluísio Azevedo Júnior, escritor já com vários livros publicados como O Cheiro do Café e Ubaia Doce, e com outro em pré-lançamento previsto para 31 de outubro, é o autor do comentário da contra capa do livro de Canindé, e foi com ele que resolvi conversar sobre o tema da segurança pública abordado nas linhas criticas de “Há Algo Errado no Paraíso”.

Numa conversa descontraída, Aluísio Azevedo Júnior, traçou paralelos perfeitos sobre o livro e suas ligações com a segurança pública, pois sua mente analítica de um bom observador consegue obter a percepção do que estamos falando.

“O escritor Canindé dos Santos apresenta-nos um estudo corajoso sobre as linguagens, suas formas e nuances, têm no processo de desenvolvimento humano”. Aluísio Azevedo Júnior

Nesta citação, Aluísio Azevedo mostra que a influência da obra de Canindé já começa rompendo limites, pois enseja discussões sobre a linguagem adotada nos programas infantis e juvenis, que despertam precocemente numa mente ainda não amadurecida para lidar com certas realidades.

Diante da “babá eletrônica” cada vez mais sofisticada, os pais vão se ocupando de seus próprios brinquedos e a segurança do futuro de seus filhos vai ficando nas selecionadas programações das redes de televisão.

A linguagem verbalizada, exemplificada e contextualizada

Canindé alerta que mesmo os antigos contos recebem um “banho de loja” para se adaptarem às atualizações da realidade, mas na verdade, eles estão ajudando a mudar a sociedade de forma sutil e perniciosa.

É a madrasta que é sempre estereotipada como má, e na sociedade hodierna com tantos desmembramentos familiares, a figura do padrasto e da madrasta já vem rotulada. Isso sem falar em outras figuras tradicionais.

O Pirata mau, o policial corrupto, o jeitinho desonesto para conseguir as coisas.

A coisa chegou a tal ponto, que Aluísio Azevedo Júnior destacou que a análise feita por Canindé em seu livro ajuda a fomentar a preocupação e ensejando um trabalho que vem sendo feito pela própria Câmara Federal, no sentido de normatizar um texto que estabeleça horários mais restritos e público devido. Algo que não ocorre com a novelinha “perpétua” da Rede Globo chamada Malhação que tenta impor como condutas socialmente aceitáveis algumas que até hoje ainda são polêmicas e/ou ainda não estão devidamente aceitas.

O que esperar de uma obra assim

“Há algo de errado no paraísoserá lançado por Canindé dos Santos em sua noite de autógrafos hoje, 18/out/2012 às 18hs na Livraria NOBEL da Av. Salgado Filho. Não precisa se preocupar, pois são 47 vagas de estacionamento e o preço do livro não paga sua impressão.

Aliás, nas 126 páginas do livro de Canindé dos Santos, será inevitável que o leitor não estabeleça paralelo com uma realidade já experimentada, portanto serve mais ainda como um balizador nessa névoa de insegurança pública na qual já estamos envolvidos e que ficará mais densa se não cuidarmos de nossos pequenos infantes.

Podemos fazer segurança pública mudando os hábitos de nossos filhos hoje, e como quero ler mais do que Canindé tem a dizer, já comprei o meu exemplar e voltarei lá para pegar meu autógrafo… Vamos lá?


¹ALUÍSIO AZEVEDO JÚNIOR. Escritor potiguar. Possui formações de instituições como FGV, USP e UFRJ, mas ele destaca apenas sua graduação em processamento de dados. Dentre seus livros publicados está “Almíscar – Empreendendo a Própria Vida” e um novíssimo previsto para o próximo 31 de outubro.