Inveja, raiva, remorso, paixão, amor etc. são sentimentos que compartilhamos desde a infância e através de uma linguagem raramente verbalizada, somos ensinados a lidar com nossas emoções sempre sob certa censura. “A vida que me ensinaram como uma vida normal, tinha trabalho, dinheiro, família, filhos e tal. Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso, mas isso é menos do que tudo, É menos do que eu preciso“.
No fim, nos ensinam muito pouco a respeito de nossas emoções e das mudanças que sempre ocorrem nas relações entre os indivíduos. O que leva as instituições que preparam para a vida silenciarem-se (ou darem pouca atenção) frente aos problemas e conflitos sociais causados pelos sentimentos? Como ensinar a lidar com a inveja? Como conter ou diminuir os conflitos causados por ela? Como controlar os momentos de raiva? Angústia?
Nossas escolas possuem milhares de alunos, dezenas de professores e alguns poucos psicólogos, outros poucos pedagogos – estes últimos que geralmente ocupam mais funções burocráticas de coordenadores do que propriamente orientação emocional…
Falta nas escolas (e nas Universidades) disciplinas que nos façam refletir sobre as maneiras de tratar nossos sentimentos. Algo como “educação sentimental”, “inteligência emocional”, sei lá. Não duvido que já conhecemos a natureza ao nosso redor mais que nós mesmos.
*Como está claro, os questionamentos colocados foram inspirados na música Educação Sentimental II (Composição: Leoni / Paula Toller / Herbert Vianna).