Ressonâncias da Alma
Nos reais versos de seu pensamento
Uma angústia profunda se faz sentir
Como sombrios tons de um lamento
Na noite escura do espírito a refletir!
Nas entrelinhas fracionadas da história,
Rápido é o tempo no feixe da memória;
Poesias como espelhos, reflexos do ser:
Nós somos todos anjos, anjos a sofrer!
Por ti, Augusto dos Anjos, alma imensa,
Com rimas sublimes, a dor desvendada:
Dos mil desassossegos em obra intensa,
A morte e a vida a cada estrofe gravada!
Diversas vozes a ecoarem através do eu,
Uma poética que eleva ideias ao apogeu;
Nos cemitérios e catedrais do imaginário:
Brilhante mente de verdadeiro visionário!
Explorastes o mistério, o amor, a ciência,
Como alquimista das palavras a elaborar
Dizeres cortantes de evidente eloquência:
Na métrica aguerrida, um poeta singular!
Resonances from the Soul
In the royal verses of his thoughts
A deepest anguish makes itself felt
Like the somber tones of a lament
To reflect in the dark night of spirit!
Between the fractured lines of history,
Time is swift in the stream of memory;
Poetry like mirrors, reflections of being:
We are all angels, angels into suffering!
For you, Augusto dos Anjos, great soul,
With sublime rhymes, pain was unveiled:
Of a thousand griefs in an intense work,
Each stanza death and life is engraved!
So many voices echoing through your self,
A poetics that raises ideas to their apogee;
In graveyards and chapels of the imaginary:
The brilliant mind of an authentic visionary!
You explored mystery, love and science,
As an alchemistic of words to elaborate
Slashing sayings of evident eloquence:
In your fierce metrics, a singular poet!