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O ano está acabando, e agora, mané? Eu vou é pra gandaia!

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Mais um ano se acaba e com ele as angústias diárias continuam. Todavia, não poderia ser diferente. O Governo fascista de Bolsonaro fez com que três anos se parecessem uma década! Contudo, ainda é Fim de Ano. Se você conseguiu vencer a covid-19 e ainda resiste a esse Governo infernal, não deixe de festejar a vida com seus entes queridos; eles são tudo o que te resta!

Acredito que, se nada sair dos trilhos, visitarei meu antigo interior, Santa Maria. Não foi a cidade em que nasci, mas foi onde me criei. Não é o lugar que me emociona, mas sim as boas lembranças. Nessa cidade, eu consegui ter experiências gratificantes e consegui, também, acumular amizades que são eternas, enquando durarem!

Parte de mim não se importa em voltar à velha infância, ao passo que parte de mim morre de vontade de estar lá novamente. Como eu disse, em si, a cidade não tem nada de especial – e tem! –, senão meus grandes amigos.  Espero rever todos os amigos, dar um beijo e um abraço e dizer: “estamos vivos, amigo. Festejemos a vida, festejemos à vida”.

Espero rever amigos íntimos e não tão íntimos, dirimir desafetos e encarar as relações com a leveza e gravidade exigentes. Eu quero mesmo é sentar-me à mesa, fumar meu brejeiro, tomar uma gela e falar um bocado de merda – sem tempo para terminar, claro!

Espero que esse ano eu ainda possa ver Jack, Boy Eudes, Diassis, Rafa, Nino, Jansen, Mailson, Renato, Karen, Maciel, Porto, Josiel, Maxsuel, Patrícia, Laísa, Cristiaane, Gelson, Edmilson etc. São tantas pessoas!

Há pessoas que eu quero somente abraçar, sem tempo de fim; há pessoas que eu quero resenhar, há pessoas que eu quero brindar.

Nessas festinhas e encontros, sempre há drogadição – justo! Mas não é a parte que mais me interessa – não é preciso uma grande festa, para se fazer grandes curtições! O que mais me interessa é, de fato, o encontro pelo encontro. Afinal, faz dois anos de suplícios político e social.

Todos merecemos nos reencontramos!

A depender de mim – eu já vejo as cenas! –, abraçar-nos-emos, beberemos, comeremos, fumaremos… viveremos a vida da melhor forma possível.

Viver é preciso, navegar, não!

A pandemia tirou de nós o gosto do bom abraço, assim como nos ceifou a intimidade de estar juntos – coisa que brasileiro adora, até os mais fascistas!

Foram dois anos de provação, de transformação e de superação. Só por isso, merecemos comemorar a vida.. pera, meu cachorro não me deixa escrever….

Voltei…

Amemos o que tiver de amar, porque se esse ano não acabou, o outro acabará.

Provavelmente, passarei dois dias no interior – não mais que isso, please! Então, quero aproveitar o máximo que eu puder, porque a realidade da vida me chama à responsabilidade do cotidiano. Antes de eu voltar ao meu dia a dia, espero andar pela cidade que me fez crescer; quero sentir o cheiro da pocilga que me faz lembrar de minha infância, assim como quero falar com todos, sem distinção de classe social – fico embasbacado como uma cidade com, três mil habitantes, no máximo, ainda têm classes sociais distintas.

A cidade, em si, não há sabores – talvez, dissabores –, porém, estar entre os nossos é muito bom. Reencontrar Riva e Ralie, Jean Piere e Wallace será muito gostoso!

Mas, não só de amigo me fiz. Também quero ver meus parentes. Tenho saudades de minha tia, tenho saudades de meus primos.

A vida tirou de mim algumas docuras, porém, permanecer em amarguras não é o que eu quero para mim.

Se eu falei de gravidade, foi só porque a palavra é bonita. Graças à vida, não tenho ninguém por odiado em meu coração. Graças à vida, não tenho mais um câncer em meu espírito. Tudo que foi ruim – que me causaram e que eu causei –, joguei no fundo do mar – do esquecimento.

Mas não tenho expectativa. Planejamos nos encontrar no bar do amigo Barruada – a melhor pessoa do mundo! Pode ser que muitos amigos apareçam, pode ser que apareçam três ou ninguém. Tudo bem, na pior das hipóteses, acaba eu, Barruada e Reniê esvaziando uma garrafa de qualquer bebida forte.

E vamos ao teatro!