Se eu fosse fazer uma comparação astrológica, misturada aos elementos, diria que na infância somos como ar, na adolescência somos como água, na juventude somos fogo e na vida adulta somos terra.
As crianças não se demoram no pensar. Agem pelo impulso imagético. São rainhas da espontaneidade. Já os adolescentes pensam um pouco mais, todavia, sempre que podem, se entregam às influências grupais, moldando-se aos interesses dos amigos, assim como a água em seu estado fluido, molda-se aos recipientes.
É na juventude que o fogo da paixão flameja nos indivíduos. A subserviência é flagrante. A regra é agir mais e pensar menos. As ações são temperadas pelo desejo. A vontade é a entidade da alma que reina nessa fase da vida humana. Se entregar à paixão se torna o modus operandi de todo jovem. Fugir dessa regra é sinal de estranheza.
Já na vida adulta, a terra é o elemento mágico-químico-astrológico que prevalece. Acompanhando a lógica metafórica, os indivíduos adultos tendem a se apaixonar menos, bem como não se aligeiram nos pensamentos e evitam seguir a horda. Comumente, o adulto é um ser menos gracioso.
É curioso o fato de que a paixão juvenil não volta a acontecer nunca mais. É como se fosse uma oportunidade única do universo aos seres humanos. Quem não se apaixona na juventude, jamais experimentará a mística do desejo noutro tempo.
É nessa fase da vida que o sexo e relaciona com o desejo. Depois disso, tudo é necessidade biológica travestida de vontade. Por isso, jovens, amem, desejem, se apaixonem. Pois, nós, os adultos, perdemos essa capacidade.