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Aliança Nacional LGBTI e Rede GayLatino lançam Manual de Comunicação LGBTI+

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A comunicação é um dos principais motores na construção de narrativas que reforçam preconceitos, estereótipos e exclusão. Neste sentido, Aliança Nacional LGBTI+ e a Rede GayLatino lançam, neste mês de maio, o Manual de Comunicação LGBTI+, que funciona como um guia prático para ajudar comunicadores e jornalistas a praticarem um jornalismo sem preconceitos e estigmas.

De maneira objetiva e didática, o manual esclarece dúvidas conceituais e de linguagem com relação à pauta LGBTI+. A primeira parte contém definições, conceitos e fenômenos acerca das pessoas LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras identidades de gênero e sexualidade não contempladas na atual sigla adotada, representadas pelo “+”). Em seguida, traz alguns dos principais pontos históricos envolvendo esta população, inclusive os avanços mais recentes em termos de reconhecimento dos direitos no Brasil e no mundo, bem como considerações sobre as lacunas ainda existentes para que se alcance a cidadania plena. Também informa sobre termos a serem evitados em comunicações sobre o tema LGBTI+, assim como pautas que podem ser de interesse de profissionais dessa área.

O Manual, lançado neste mês de maio, é um guia prático que esclarece dúvidas conceituais e de linguagem sobre a pauta da população LGBTI+ e visa ajudar comunicadores a fazer um jornalismo com menos estigmas e preconceitos. (Arte: Somos Gays | Paraguai)

“Estamos em um momento de muito acirramento do ódio e ataque aos movimentos sociais, às mulheres, aos negros, população LGBTI+, etc. Então, a comunicação, as linguagens, o jornalismo, são sempre campos de disputa. O manual pretende espalhar as informações sobre que é o movimento LGBTI+, quais são as principais demandas. Tem uma função informativa, até para ter como aliados os comunicadores e jornalistas. Muitas vezes a chamada mídia tradicional usa termos pejorativos, equivocados e sem respeitar a identidade de gênero ou orientação sexual. Do ponto de vista objetivo, queremos esclarecer esses profissionais e fazer com que essa comunicação não seja uma comunicação discriminatória”, explica Julian Rodrigues, que é membro da Aliança Nacional LGBTI+ e coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).

Sob o lema “Substitua preconceito por informação correta”, o manual é resultado de um trabalho conjunto em que foram agregadas  aproximadamente 300 sugestões e colaborações de especialistas, militantes, ativistas, pessoas associadas das organizações envolvidas, autoridades públicas, professores, estudantes e profissionais da Comunicação, através de uma consulta pública com duração de dois meses. Além disso, a publicação é inspirada em outros manuais de organizações como a SOMOSGAY (Paraguai), a Colômbia Diversa (Colômbia), a GLAAD (Estados Unidos) e a ABGLT (Brasil).

Acesse a íntegra do manual aqui.