Search
Close this search box.

Parábola Divina

Compartilhar conteúdo:

 

Parábola Divina

 

Tinha-o entre os dentes.

E cada vez que lhe arrancava um naco,

Preocupada demais

Em não mostrar

A gengiva vermelha

Ou os Lábios

Que a contornava

Apontava para as migalhas

Que caiam de sua boca

 

Bem a sua frente

Algo mais que a fome

Também sugeria força

Seriam de seus dentes?

A mecânica dos músculos contraídos

Ao mastiga-lo?

Ou a saliva da língua?

 

E foi que então,

Ela,

Com o sanduíche a boca

Ele,

Numa espécie de êxtase santo,

Ao observá-la, pensou:

Este é meu corpo.