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Por uma tranquilidade construtiva

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Alguns se indagam com indignação, sobre as motivações pelas quais os brasileiros não tomam as ruas, não inflamam novamente o país. Desejar grandes coisas é um primeiro passo, inventá-las, construí-las, é o passo seguinte. Já foi suficientemente demonstrado nos últimos quatro anos o quanto este não é o país que queremos continuar a ser, mas para inventarmos o país que queremos, construí-lo, nos falta tranquilidade.

Aquele que é tranquilo possui não apenas uma virtude para si mesmo, mas também para a coletividade. Tranquilidade é também virtude política, não apenas preceito ético.

Vivemos uma época agitada, as pessoas precisam fazer algo nessa síndrome de pânico coletiva. No âmbito geral, o estado de espírito cultivado por nosso tempo é o da ambição, daí a necessidade de seu antídoto, a tranquilidade. No âmbito político se fortalece a política sustentada em discursos de ódio. O ódio desperta quando alguém tem sua ambição frustrada, ele é o cão feroz que late para quem empata o caminho das nossas ambições.

Para que o ódio político arrefeça, para que apertemos a coleira, é preciso repensar o valor que damos às nossas ambições, privilegiando quando necessário uma atmosfera política mais tranquila, não para dar lugar a um estado de resignação ou apatia, mas um lugar onde a força do debate possa ser a soberana.

A outra opção é a violência.