Por: Tiago Souto – Cientista Social
O Estado Islâmico, que assumiu a responsabilidade pelos ataques em Paris, é uma das ameaças mais graves para a segurança do Oriente Médio e do mundo inteiro.
O (EI) controla atualmente várias regiões do Iraque como a cidade de Ramadi, que fica a 100 km da capital, Bagdá, além de regiões da Síria. Seus domínios já são estimados em mais de 90 mil quilômetros quadrados e os jihadistas (grupos radicais violentos) e tem pretendido estender ainda mais sua influência avançando para o norte da África — especialmente na Líbia.
Estima-se que o grupo extremista tenha em suas fileiras entre 50 mil e 200 mil combatentes — muitos deles, de origem estrangeira, além de contar com mais de US$ 2 milhões por dia da venda de petróleo no mercado ilegal, pois desde 2014 o grupo tem tido domínio sobre boa parte da produção do Iraque, país que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
A crise chegou ao seu ápice após o Estado Islâmico no Iêmen avançar em direção a Arábia Saudita
– país onde é localizada a cidade de Meca, sagrada para os muçulmanos – diante disto o governo da Arábia Saudita solicitou ao Conselho de Segurança da ONU em abril de 2015 uma ofensiva no Iêmen.
Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU) a Arábia Saudita concordou em pagar o custo total de US$ 273 milhões para enviar ajuda de emergência ao Iêmen a fim de evitar uma catástrofe humanitária.
Apesar das ofensivas da coalização liderada pela Arábia saudita e que conta com esforços dos Estados Unidos, Rússia, Turquia, Egito, França e OTAN, os conflitos que o Estado Islâmico representam para a segurança global só tem se intensificado e o que é mais preocupante o número de Civis mortos só cresce devido ao combate e ações de ambos os lados. Estimasse que só no Iêmen 2.350 civis já foram mortos e outros 4.862 foram feridos desde o início dos ataques da coalizão militar.
E o que tem sido mais preocupante são os desastrosos ataques da ofensiva Oriente-Ocidente que tem se mostrado negligente pois em muitos casos, já se registram hospitais destruídos, hotéis, áreas residenciais e aeroportos, como na foto acima onde um avião civil da Felix Airways foi derrubado. Ou mesmo o recente ataque de um DRONE (aeronave de combate não tripulada) dos EUA matou 14 pessoas que estavam voltando de uma festa de casamento.
Contudo infelizmente, não há uma coalizão única para combater o Estado Islâmico, que enfrente as resistências de tropas que agem de forma isolada comprometendo a paz mundial até por que além de tudo o (EI) tem acentuado as tensões entre as potências globais como Rússia e EUA, sobretudo na Síria, que apesar de realizar ofensivas em conjunto no Iêmen, acaba por se controverso na Síria, pois a maior base militar naval da Rússia fora do território Russo é na Síria!