O torcedor é definido como um partidário de uma equipe, por quem torce nas competições esportivas e a pessoa ou indivíduo que torce para algo ou para alguém.
Já o fã, vem da palavra fanático, o que tem um zelo religioso ou político absoluto e exclusivo.
O torcedor é movido pela paixão, pelo coração e pelo amor. O torcedor, na imensa maioria das vezes, vê apenas o que lhe é favorável. O torcedor não é um simples simpatizante, é um seguidor.
Ser fã é ter alguém para ser seu referencial. É ficar horas parado, vislumbrado apenas por presenciar uma apresentação, sem nem mesmo saber o porquê de gostar tanto daquele alguém que nunca lhe dirigiu uma palavra.
Ser torcedor é compartilhar momentos de alegria e de tristeza, ao mesmo tempo, tudo junto e misturado. Ser torcedor é tirar sarro do amigo na vitória e ouvir o mesmo sarro dele, na ocasião da derrota.
O fã é compreendido como uma pessoa entusiasta, que possui muita admiração por algo ou por alguém.
Para o antropólogo Roberto DaMatta, “o torcedor se distingue do fã porque ele vai além da admiração pelo time. O fã se identifica com um time, mas o torcedor fica com e pelo seu time, misturando-se fisicamente aos seus jogadores, símbolos, gestos e trajetórias. O fã dedica-se a uma apreciação setorizada e sempre positiva. Já o torcedor, ao torcer pelo seu time, torce imediatamente contra o outro”.
O fã aplaude em qualquer momento, independente das derrotas. O torcedor é altamente crítico, exigente e não aceita as derrotas tão facilmente. Nas vitórias, o fã sorri. O torcedor, exige mais, quer olé.
O fã, sem sombra de dúvidas, vota em Fabiano Teixeira. Seja por apreciar sua capacidade de gestão, admirar sua facilidade de articulação ou sua desenvoltura na arte da oratória.
Mas, é fato, por representar continuidade de uma gestão que mais errou do que acertou, Fabiano possui alta rejeição do torcedor.
Dizem que o ABC está dividido e desunido. Mas vejam vocês, pela primeira vez nos últimos quinze anos, existem propostas de gestão e perspectivas reais de mudanças.
A disputa eleitoral tem, inclusive, contribuído para que a gestão atual reconheça seus erros e proponha corrigi-los no caso de uma possível continuidade.
Nessa balança de discussão de problemas, soluções e propostas, vejam só, quem sai vencedor, independente de quem ganhe nas urnas, é ele: o torcedor.
Torcedor esse que, por ser, como eu disse antes, altamente crítico, exigente e não aceitar as derrotas tão facilmente, foi à rua e cantou em voz alta que prefere, vota e aposta a todo custo na volta de Judas Tadeu Gurgel.