Escrito por Érico Tadeu em 21 de julho de 2015
Sempre é assim: todos os dias nós acordamos com uma enorme vontade de fazer/ter/ser alguma coisa. E isso, de certa forma, é bom, já que sonhar é um estímulo para nossa vida. Entretanto, algumas dessas vontades podem não ser necessariamente maravilhosas; às vezes podem ser algo extremamente destrutivo.
Pois bem, num belo dia tudo isso muda. As cores, as coisas, o mundo e, de repente, tudo o que mais importa nessa roda viva é a complexidade que nós, moradores desse mundo louco, travamos numa guerra constante entre a realidade e um estado mental.
Mas, agora, vem a pergunta crucial: o que é realidade?
De acordo com o dicionário Aurélio, a palavra “realidade” é definida como: Qualidade do que é real; Existência de fato; O que existe realmente, coisa real; Conjunto de todas as coisas reais; Em realidade: o mesmo que na realidade; Na realidade: realmente, na verdade, com efeito; Ocultar a realidade: esconder (o jogo); Realidade virtual: ambiente de simulação ou recriação do real que resulta da utilização de tecnologia informática interativa.
Ah, a explicação da palavra pelo dicionário é muito simples. Então proponho que, ao invés de explicarmos o que é a realidade, que tal entendermos o que é a realidade através da própria realidade?
Vamos lá!
Todos nós sabemos que uma história contata várias vezes pode se tornar verdade ou, até mesmo, uma lenda urbana, certo? A partir disso, pergunto, quais as lendas urbanas que estamos vivenciando nesse momento? Sou eu apenas um degustador de lendas ou apenas uma pessoa carente precisando de atenção?
Certo dia, nos damos que nem tudo que reluz é ouro e que se não nos permitirmos pelo menos andar, jamais teremos o mínimo para se ter uma vida confortável.
Humm, mas, e aí? O que é conforto?
Recorreremos mais uma vez ao dicionário Aurélio: Nova força; Novo vigor; Bem-estar; Consolação; Comodidade, conchego.
É… de novo a definição não ajudou muito.
A partir de que momento podemos (ou devemos) silenciar nossas mentes para iniciar um estado real de quietude mental, na qual os mundos se cruzam, se interagem e se transformas pelo simples fato de existirem ou não?
A essa hora, caros leitores, vocês devem estar se perguntando o porquê de tantas interrogações.
Lutamos tanto pelo o que? Será que compramos lutas alheias por não termos coragem de travarmos e enfrentarmos as nossas próprias lutas internas? E se um dia você perceber que tudo em que acreditou era apenas mais uma interação mental e que todos que estão dentro da matrix apenas precisam incansavelmente de um mero abraço? Um carinho despretensioso? Será que todas as traições só ocorrem por uma falta de comunicação interna fazendo com que uma enorme carência transborde de tal maneira que só aquela pessoa que você conheceu há alguns minutos, pode mudar a sua vida?
Enfim, o que eu quero dizer para vocês, leitores, é que não devemos explicar a nossa vida como o dicionário faz com as palavras. Nossos sentimentos, pensamentos, desejos, sonhos etc. são (e devem?) ser complexos. Somos que nós que devemos criar e explicar para nós mesmos a nossa realidade, nosso conforto, nosso…