Na Folha de S. Paulo
O Ministério Público Federal enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de abertura de inquérito sobre o senador Agripino Maia (DEM-RN), citado em delação premiada por um empresário de Natal (RN) que teria negociado propina com políticos para aprovação de leis.
No caso, o empresário George Olímpio montou um instituto, entre 2008 e 2011, para prestar serviços de cartório ao Detran, que cobrava taxas de cada carro financiado no Estado. Ele pagou propinas para agilizar a tramitação do projetos de um lei que criava a inspeção a inspeção veicular da qual se beneficiaria.
Em delação, Olímpio disse que Agripino teria lhe pedido R$ 1 milhão para campanhas políticas e que ele entendeu o pleito como uma chantagem: ou daria o dinheiro ou perderia o comando da inspeção veicular.
Ele ainda alega ter entregue parte do dinheiro, R$ 300 mil, e ter feito empréstimos com pessoas indicadas por Maia para completar R$ 1 milhão. O pedido de abertura de inquérito está no gabinete da ministra Cármen Lúcia, que deve dar aval para o prosseguimento ou determinar o arquivamento das investigações.
Outro lado
Procurado, o senador Agripino Maia disse não ter conhecimento de pedido de abertura de inquérito.
“O que sei é: como fui citado, os elementos foram enviados à Procuradoria, que vai analisar o se deve ou não abrir inquérito”.
De acordo com o senador, que nega as acusações, a PGR já havia arquivado uma outra denúncia contra ele, feita por um sócio de George Olímpio.
Agripino Maia disse ainda que o próprio Olímpio, que agora o acusa, registrou em cartório um documento contrariando a versão apresentada durante os depoimentos da delação premiada.